O tal “emparelhamento” do futebol brasileiro
Enquanto uns aproveitam as chances, outros continuam patinando
Data da Publicação da Coluna : 27/09/2021 por Lázaro de Arruda Bentivoglio
É de conhecimento geral (pelo menos eu imagino que seja) que nosso Campeonato Brasileiro é nivelado por baixo, muito parelho e competitivo sim, mas em nível abaixo de outros importantes mundo afora.
Pois bem, hoje vemos na prática, uma distância muito curta entre times da parte de cima da tabela com o pessoal do meio, e destes para com os da parte de baixo, apenas destoando os dois extremos já que hoje o Atlético Mineiro é líder disparado com 8 pontos a mais que o segundo colocado Palmeiras, e no Z4 temos Chapecoense com 10 pontos e Sport com 17, esse há 7 pontos do primeiro livre do rebaixamento.
Entre o “pelotão de elite” e a turma do meio da tabela, uma distância pequena de 3 pontos, avaliando que hoje o Flamengo é o último com vaga direta na Libertadores com 35 pontos, e o Internacional é o primeiro classificado a Sulamericana com 32.
Da turma do meio, para o Z4 a diferença sobe um ponto, mas continua o equilíbrio, tendo hoje em 12º o Atlético Goianiense com 27 pontos e em 17º o Bahia com 23.
Falo e teimo que o campeonato é nivelado por baixo, muito por essas diferenças minusculas de pontuação, onde qualquer vitória te embala na tabela e qualquer ponto perdido pode te fazer despencar, mas falo isso pensando que não há um grupo que mantenha uma sequencia, um grupo que dispare na frente.
Todo ano temos grupos de 2 ou 3 times que até dão um folego, mas logo caem diante de adversários mais fracos e acabam por entregar os pontos.
Esse ano, nossos representantes do Sul em momentos distintos, tendo, primeiramente, o Internacional vencido o Bahia com alguma dificuldade mas contando com o afinamento de Edenilson e Yuri Alberto, sendo que o primeiro foi mais uma vez convocado para a Seleção Brasileira graças as suas excelentes atuações com a camisa colorada, conseguido importantes 3 pontos para encostar de vez na briga por vaga na Libertadores 2022, mesmo que tenha se mantido em 7º lugar, mas diminuindo a distância pro G4 com o empate do Flamengo.
Em Caxias do Sul, o Juventude contrariou as estatísticas e mostrou a precisão necessária para vencer o Santos, jogo este em que estive nos comentários pela “Rádio Esporte News” de Caxias do Sul, e durante o jogo eu já dizia que por mais que o Santos teve mais posse de bola e mais chances criadas, na primeira oportunidade o Juventude abriu o placar, e na segunda chance fez o segundo gol, abrindo caminho para a vitória em seus domínios e saindo do Z4, se aproveitando dos tropeços adversários e ganhando três posições.
Quem não se aproveitou das derrapadas alheias e mais uma semana vai dormir no Z4 é o Grêmio, que dependia apenas de si para sair do desconforto que se encontra, mas sofreu mais um golpe da única Lei que funciona perfeitamente no Brasil, que é a famosa “Lei do Ex”, já que dois gols do Athlético Paranaense foram marcados por Pedro Rocha.
Nas demais divisões, destaque para a vitória do Caxias no jogo de ida das Oitavas de Final da Série D, por 2x0 frente ao União Rondonópolis, o que abre boa vantagem para os grenás garantirem a classificação no jogo da volta. Também na D, o Esportivo foi derrotado pela boa equipe da Ferroviária por 2x1 em casa, e terá vida difícil na volta.
Na C, já sabiamos da classificação do Ypiranga, que só cumpriu tabela diante do São José, outro gaúcho da competição e que não almejava mais nada pois já havia garantido a permanência na divisão, jogo com empate por 1x1.
Já o Brasil de Pelotas, que pena, caminha a passos largos rumo ao descenso, há 11 pontos do primeiro livre do rebaixamento, com mais uma derrota, desta vez para a Ponte Preta fora de casa.
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Lázaro de Arruda Bentivoglio\
Colunista esportivo criador das colunas "Versão Esportiva" e "Corneta Livre" Twitter: @realBentivoglio