No início do Século XVII, iniciava a ocupação dos jesuítas na América do Sul, com isso houve a fundação das Missões Jesuíticas. E fundaram as Missões Jesuíticas na região onde hoje situam-se os estados do Rio Grande do Sul e do Paraná e os países, Paraguai e Argentina. Localmente podemos falar da região noroeste do estado gaúcho, onde ficavam as 7 Reduções Jesuíticas. Havia na época grandes grupos indígenas foram convertidos por alguns grupos religiosos.

Se analisarmos os detalhes da vida naquela época, notaremos que houve também uma introdução da arte que era comum na Europa, e foi introduzida com o intuito de trazer os valores da sociedade europeia e buscar a representação religiosa em esculturas, pinturas e outras formas de arte, os historiadores classificam como parte do movimento artístico barroco, que é um estilo que abrange as relações entre o divino e o terreno, o sobrenatural e natural.

Mais regionalmente o estilo passou a ter sua própria originalidade, e passou a ser chamado de barroco missioneiro, com a representação do que havia em cada uma das reduções, tendo muitas vezes a cultura indígena como um suporte. E devido não serem alfabetizados os povos que ocupavam a região missioneira, a representação artística auxiliava na fixação e reforço dos valores aos novos fiéis, sendo por exemplo as imagens de Nossa Senhora da Conceição, alvo da adoração religiosa, até os dias de hoje.

Por fim a arte missioneira é única em cada uma das reduções, se um dia tiveres a oportunidade de conhecer as 7 reduções São Francisco de Borja, São Luiz Gonzaga, São Nicolau, São Miguel Arcanjo, São Lourenço Mártir, São João Batista e Santo Ângelo Custódio, você poderá identificar a emoção que o estilo de arte nos trás e também conseguirá identificar os distintos detalhes que compõem cada local, os detalhes da história dos nossos antepassados estão nos museus, nos sítios arqueológicos e em algumas obras literárias, vale a pena conferir a qualidade e originalidade de cada uma das mais diferentes obras.

As opiniões e conteúdo desse artigo não expressam necessariamente a linha editorial do NorteRS ou pensamentos de seus diretores e editores. O conteúdo desse artigo são de inteira responsabilidade do autor.