Moda na pandemia: conheça as transformações do mercado durante esse período
Mais inclusiva, plural e digital, segmento de moda apresenta novos conceitos
Data da Publicação da Coluna : 25/05/2023 por Luiz Affonso Mehl
A pandemia de covid-19 causou um impacto muito grande em diversos segmentos econômicos, e um dos mais afetados foi o segmento de moda. Desde as dificuldades da cadeia produtiva até a mudança de hábitos de consumo, o setor de moda passou por diversos desafios e teve de se reinventar para continuar existindo.
Muitas das melhores marcas de moda e pequenos negócios tiveram de se adaptar rapidamente a uma mudança brusca nos hábitos das pessoas. O consumo mudou de forma, passando do físico para o digital, e a experiência de compra se transformou, tudo de forma acelerada por conta da crise sanitária.
Sustentabilidade no mundo da moda
A sustentabilidade é o foco principal do mundo nesse momento. Durante e após a pandemia de covid-19, as marcas se modificaram e tem se comprometido com práticas mais sustentáveis. As lojas de fast fashion (lojas de departamento com foco em produção em massa de roupas) enfrentaram muitas dificuldades porque suas cadeias produtivas foram afetadas, e isso deu oportunidade para outros conceitos crescerem.
Hoje em dia, a sustentabilidade está atrelada ao mundo da moda. A compra recorrente de roupas está dando lugar à preocupação com a qualidade de vida e a consciência com os impactos negativos da produção de roupas em larga escala.
Conceitos como o upcycling, o slow fashion e a moda circular se expandiram no mercado da moda. Moda não é apenas estética, moda é cultura, moda é comprometimento, e isso é cada vez mais claro com o desenvolvimento de práticas e conceitos sustentáveis.
Comércio e inovação digital foram cruciais para reinventar a moda
Além de inovar para se adaptar a novos perfis e hábitos de consumo, o segmento de moda teve de se reinventar para continuar vendendo, mesmo com todas as medidas de restrição social. A saída para isso foi aprofundar a oferta de soluções digitais e o comércio eletrônico.
Muitos lojistas tiveram de inserir soluções tecnológicas no dia a dia para vender, já que não era mais possível vender em loja física na pandemia. O movimento de inclusão e o aprofundamento das soluções digitais na moda foi um sucesso. A pesquisa Me Envia, da plataforma Melhor Envio, aponta que o segmento foi o que mais cresceu no e-commerce brasileiro em 2020.
Além da venda em si, soluções como provadores virtuais se consolidaram por trazerem uma alternativa para melhorar a experiência de compra dos clientes. Hoje é possível ver que as marcas vão muito além da loja virtual, produzindo campanhas e ações focadas nas plataformas de rede sociais. Com o consumidor cada vez mais conectado, soluções digitais se tornaram grandes aliadas do segmento durante e seguem em alta após o fim da pandemia.
Simplicidade e conforto como prioridade
A moda que se destaca por roupas que chamam atenção deu lugar a modelos mais simples, confortáveis e focados em diferentes tipos de públicos e perfis de clientes. A pandemia de covid-19 levantou não só questões sobre as formas de venda de roupas e acessórios, mas também questões comportamentais como moda sem gênero e moda para diferentes tipos de corpos vieram à tona nesse momento.
Se antes a moda cabia apenas para uma parte de pessoas que seguiam um padrão estético estereotipado pelo entretenimento e pela comunicação, agora existem cada vez mais marcas de moda que atendem pessoas de todos os corpos, gêneros e etnias.
Com as transformações, o mundo da moda tende a se tornar um lugar cada vez mais inclusivo. Contar com uma diversidade cada vez maior é essencial para termos uma moda mais plural, inovadora e que atenda a todas as camadas da sociedade. A pandemia foi um momento difícil, mas, apesar disso, ajudou a impulsionar novos conceitos no mundo da moda.
As opiniões e conteúdo desse artigo não expressam necessariamente a linha editorial do NorteRS ou pensamentos de seus diretores e editores. O conteúdo desse artigo são de inteira responsabilidade do autor.