O fenômeno La Ninã, é o fenômeno natural, que consiste no resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico e é responsável pela ocorrência de estiagens no Rio Grande do Sul e devido a isto, o estado poderá ser impactado por frentes frias, com chance de geadas tardias, neste mês de outubro e início de novembro, bem como chuvas abaixo da média.

Segundo a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, nos meses de outubro e novembro, os maiores desvios negativos de precipitação ocorrem principalmente entre o centro-norte e noroeste do Rio Grande do Sul, enquanto que, em dezembro, as áreas mais atingidas pelos déficits de precipitação ocorrem especialmente no centro para o sul do Estado.

Em relação aos cultivos em solo gaúcho, as culturas de inverno no geral apresentam boas condições de desenvolvimento, com potencial e baixa incidência de doenças, cabendo agora ao produtor monitorar o período ideal para colheita. Houve algumas ocorrências pontuais de granizo e geadas, e outros fenômenos prejudiciais, riscos que sempre devem ser considerados.

Para as culturas de verão, há uma preocupação em relação a época de semeadura, devido à deficiência hídrica nos períodos críticos o produtor deve escalonar a semeadura, conforme diferentes ciclos ou grupo de maturação dos genótipos, diminuindo ou evitando desta forma perdas.

Espera-se uma leve alta na área semeada do estado, com um aumento em torno de 2% considerando culturas de verão. Para a soja, o aumento da área semeada representa em torno de 3% mais que a safra passada, já a produtividade estimada contempla um aumento 124%. O milho deve alcançar uma produção em torno de 109% ante a safra 21/22. As previsões de crescimentos de 3 dígitos ocorrem devido ao déficit hídrico extremo ocorrido na safra anterior.

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