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| Saúde e Bem Estar

Dia da Imunização reforça a importância de manter a caderneta de vacinas em dia

O Dia da Imunização, celebrado em 9 de junho, é mais do que uma data no calendário da saúde.



Data da Publicação da Notícia : 04/06/2025 17:25 por Usina de Notícias

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O Dia da Imunização, celebrado em 9 de junho, é mais do que uma data no calendário da saúde. A ocasião marca um alerta para a importância da vacinação como estratégia coletiva de prevenção, reforçando que manter o esquema vacinal em dia é um compromisso com a própria saúde e com a saúde da comunidade. 

“É uma data estratégica para reforçar a importância da vacinação como uma das medidas mais eficazes de saúde pública”, afirma José Alvenir Machado Pinto, mestre e biólogo, docente do curso Técnico em Enfermagem da Escola Técnica Fundatec. Ele explica que o dia é voltado à conscientização por meio de ações educativas, campanhas e mobilizações, com o objetivo de ampliar o acesso à informação, combater a desinformação e estimular a adesão ao calendário vacinal em todas as faixas etárias. 

Desde os primeiros meses até a terceira idade, há vacinas específicas para garantir uma proteção contínua contra doenças imunopreveníveis. “Muitas vacinas exigem doses de reforço ao longo dos anos. Outras são indicadas em fases específicas, como a HPV na adolescência ou a pneumocócica para os idosos”, reforça o docente. A atualização vacinal também contribui para a imunidade coletiva, protegendo grupos mais vulneráveis, como imunossuprimidos, gestantes e recém-nascidos. 

O especialista destaca que a baixa adesão à vacinação pode favorecer o ressurgimento de doenças que já haviam sido controladas no país, como o sarampo e a poliomielite. Isto porque quando a cobertura vacinal cai, a chamada imunidade de rebanho fica comprometida, aumentando os riscos de surtos, epidemias e o número de internações. 

Ainda hoje, mitos e desinformação dificultam a adesão plena da população. Entre os boatos mais comuns estão falsas associações entre vacinas e autismo, além de teorias que acusam os imunizantes de causarem a própria doença que deveriam prevenir ou conterem substâncias tóxicas. “Esses mitos não têm base científica. A informação de qualidade ainda é o principal antídoto contra esse tipo de resistência”, afirma José Alvenir. 

Na prática, enfrentar a hesitação vacinal exige escuta e empatia. “É preciso conversar, apresentar evidências, contextualizar a importância da vacinação de acordo com a realidade de cada grupo. Bons exemplos ajudam: a erradicação da varíola e o fato de o Brasil estar livre da poliomielite desde 1989, com reconhecimento da OMS em 1994, são conquistas que só foram possíveis graças à vacinação”, pontua. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), adolescentes e adultos devem manter atenção à vacina contra o HPV, tríplice bacteriana (dTpa), meningocócicas B e ACWY e influenza. Já os idosos devem manter em dia as doses contra gripe, pneumocócica, herpes-zóster, covid-19 e o vírus sincicial respiratório. 

Quem perdeu o cartão de vacinação ou está com a caderneta desatualizada pode e deve procurar uma unidade de saúde. “Mesmo que a pessoa não tenha certeza sobre as doses já recebidas, é possível iniciar um novo cartão e atualizar as vacinas conforme a idade. A carteira de vacinação é um documento de saúde importante, e o acompanhamento profissional é essencial para garantir que nenhuma dose fique para trás”, finaliza. 



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