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Falta de desejo sexual pode estar ligado a problemas de saúde

Pesquisa aponta aumento da insatisfação sexual de 7,4% para 53,3% durante a pandemia



Data da Publicação da Notícia : 14/10/2021 15:41 por Redação

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Segundo a pesquisa do UOL AD LAB, que avaliou como anda a saúde mental dos brasileiros e o que mudou na rotina, nos hábitos e na forma de pensar durante a pandemia, 28% responderam que o apetite sexual diminuiu nos últimos 12 meses, sendo que a ansiedade, o desânimo, o estresse, o cansaço e o nervosismo cresceram mais de 40%.

A médica, diretora-técnica da Higia Clinic, Márcia Simoes, afirma que o corpo e a mente estão diretamente ligados, quando o assunto é a saúde total. “A mente e o corpo foram muito impactados pela pandemia, com a mudança de rotina, o medo do vírus, preocupação com o desemprego e o aumento do estresse. Tudo isso impacta diretamente na libido”, afirma.

Porém, a falta de libido pode estar ligada também a problemas de saúde. Alterações na tireoide, hipertensão, diabetes, chegada da menopausa e doenças psíquicas influenciam diretamente na libido”, afirma.

Segundo a médica, o ideal é fazer uma avaliação dos níveis de vitaminas, minerais e hormônios, para ver se o corpo está em equilíbrio. A testosterona nos homens e nas mulheres é o hormônio que influencia a libido. “Hoje é extremamente comum os pacientes da clínica apresentarem alterações nesses hormônios, geralmente com níveis bem abaixo do normal para a idade”, lembra Márcia. “Alguns medicamentos, como a pílula anticoncepcional, antidepressivos, ansiolíticos podem desencadear a falta do desejo sexual. É importante avaliar juntamente com o médico para que seja feita a troca, alteração ou suspensão da medicação”, completa. Se o sintoma estiver ligado com alterações hormonais, é possível fazer a reposição dessas substâncias no organismo.

A falta do desejo sexual também está ligada, na grande maioria das vezes, a transtornos psiquiátricos, principalmente com a depressão e ansiedade. “A ansiedade aumenta a produção do hormônio cortisol, conhecido como hormônio do estresse, e tem como efeito alterar o metabolismo como um todo, o que pode impactar também na libido”, explica.

Márcia lembra, também, que homens e mulheres precisam se conhecer cada vez mais, o que agrada e o que buscam nas relações. “As relações sexuais liberam os hormônios do prazer e bem-estar, contribuem para o fortalecimento da autoestima, melhoram o sono e a memória, e são importantes para manter a saúde física e mental”. Dados de uma pesquisa da Universidade de Florença, na Itália, apontam um aumento da insatisfação sexual de 7,4% antes da pandemia para 53,3% durante a pandemia.

Outra fase em que essa alteração está muito presente é na menopausa, lembra a médica. “Se o paciente sentir uma diminuição no seu desejo sexual, impotência, não correspondência com o desejo do seu parceiro, dores durante o ato, ressecamento vaginal e dificuldades em atingir o orgasmo, deve buscar ajuda médica, pois é possível realizar tratamentos adequados e o paciente recuperar a sua autoestima e a qualidade de vida. Uma vida sexual ativa é muito importante para fortalecer as conexões amorosas”, lembra.




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