Família é presa por crimes contra portadora de necessidades especiais
O casal e o filho são acusados de tortura, escravidão, estupro e diversos crimes patrimoniais
Data da Publicação da Notícia : 23/06/2021 09:02 por PolÃcia Civil
Nesta terça-feira (22), a Polícia Civil, através da Delegacia de Polícia de Esteio, prendeu preventivamente um casal e apreendeu seu filho acusados de tortura, escravidão, estupro e diversos crimes patrimoniais contra vítima portadora de necessidades especiais. Na ação, foi cumprido mandado de busca e apreensão.
O crime chegou ao conhecimento da Polícia Civil através de uma denúncia anônima recebia no dia 05 de junho, com a informação de que uma pessoa portadora de necessidades especiais era mantida por um casal em cárcere privado e submetida a todo o tipo de violência. O denunciante relatou que a situação já perdurava há pelo menos cinco anos e que a vítima era forçada a trabalhar em circunstancias que extrapolavam sua condição física, sendo brutalmente agredida caso não cumprisse a jornada estabelecida pelos investigados.
De acordo com as investigações, os suspeitos eram vizinhos da vítima e, em determinado momento, teriam vendido a casa em que ela residia e subtraído o seu cartão de benefício previdenciário. A vítima era obrigada a trabalhar todo o dia, se arrastando, por mais de 15 horas, sem comida e bebida até que terminasse suas tarefas. Além disso, era proibida de utilizar o banheiro antes de terminar seus afazeres, urinando-se nas calças em diversas oportunidades, o que lhe causou uma gravíssima infecção.
Nesse mesmo período, o filho do casal, um adolescente de 16 anos, passou a abusar sexualmente da vítima, com o consentimento dos pais. Em mais de uma oportunidade, a vítima fora obrigada a usar cocaína pela investigada, lhe causando sérios problemas de saúde.
A Delegada Luciane Bertolletti afirma que “as condições em que a vítima foi encontrada denotam a crueldade dos crimes praticados pelo casal”. O Diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana – 2ª DPRM, Delegado Mario Souza, explica que “foi uma situação terrível criminosa, a pessoa deficiente estava em uma situação de muito sofrimento."
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