Tive covid e perdi o olfato: e agora?
A perda de olfato é um dos sintomas da infecção por coronavírus e pode persistir também após o tratamento da doença.
Data da Publicação da Notícia : 06/04/2021 14:29 por
A médica otorrinolaringologista que atua na Central de Consultas do Hospital de Clínicas de Passo Fundo, Dra. Thaís Marques da Costa, explica como ocorre esta alteração.
“Acredita-se que o olfato é atingido porque o vírus ataca diretamente as células nervosas envolvidas com a sensação de cheiro e paladar. Quando os pacientes com covid-19 apresentam perda de olfato, ela tende a ser repentina e geralmente não envolve associação com nariz entupido ou com secreção nasal.” esclarece.
A disfunção olfatória pode ocorrer de forma abrupta, alterando a qualidade de vida do paciente. “A alteração no olfato é um sintoma frequente relatado pelos pacientes que tiveram Covid-19, a disfunção olfatória pode ser parcial ou total. E pode, também, estar acompanhada ou não de alteração no paladar.” evidencia Dra. Thais.
Como a perda de olfato é tratada?
O treinamento olfativo é uma das técnicas de reabilitação do olfato e pode ser utilizada em diversos casos, independente da infecção por covid-19. A otorrinolaringologista explica como a estimulação do olfato pode ser realizada utilizando itens como café, essência de baunilha, cravo da índia, vinagre de vinho, mel, suco concentrado de tangerina e creme dental mentolado. “O treinamento deve ser realizado ao menos duas vezes ao dia, inspirando por dez segundos cada aroma e com um intervalo de quinze segundos entre cada um deles.” pontua.
A persistência do sintoma deve ser investigada por um especialista, conforme orienta Dra. Thaís. “Os sentidos do olfato e do paladar retornam em poucas semanas, na maioria das pessoas que se recuperam do coronavírus, mas em alguns casos podem persistir por meses. No entanto, a maior parte dos pacientes experimenta melhora, a qual pode ser lenta. Se a perda do olfato não melhorou após o término do isolamento, procure o seu otorrinolaringologista para realizar uma avaliação e iniciar o tratamento adequado.” orienta a médica otorrinolaringologista.
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