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Mapa preliminar mostra aumento das regiões em bandeira vermelha no RS

Na classificação prévia divulgada nesta sexta (5), 13 regiões estão com alto risco epidemiológico



Data da Publicação da Notícia : 06/02/2021 08:40 por Secom

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Na semana em que completa nove meses, o modelo de Distanciamento Controlado, lançado no dia 10 de maio de 2020, indica que a maioria das regiões está com alto risco para esgotamento da capacidade hospitalar e velocidade de propagação do vírus no mapa preliminar da 40ª rodada.

Divulgada nesta sexta-feira (5/2), a classificação prévia traz 13 regiões em bandeira vermelha – duas a mais do que na rodada anterior. As outras oito regiões receberam bandeira laranja.

Veja a classificação prévia da 40ª rodada em https://distanciamentocontrolado.rs.gov.br

Entre os indicadores monitorados pelo sistema de enfrentamento à pandemia, chamam a atenção a redução no número de pacientes confirmados com coronavírus em leitos clínicos (-7%) e um leve aumento nos leitos de UTI (+3%). Contabilizando o pequeno aumento do total de leitos e também dos confirmados com Covid-19 em UTI, verifica-se estabilidade no número total de leitos de UTI ocupados em todo o Rio Grande do Sul.

Na 40ª semana do Distanciamento Controlado, houve também redução nos registros de novas hospitalizações (-19%), de casos ativos (-17%) e de óbitos por Covid-19 (-15%).

Embora os dados indiquem estabilização e a vacinação será ampliada com a expectativa de envio de novas doses ao Rio Grande do Sul neste final de semana, as cores do mapa preliminar alertam para a gravidade da situação no Estado.

Com a proximidade do Carnaval, o Gabinete de Crise chama a atenção para que os gaúchos sigam respeitando os protocolos, principalmente quanto à higienização constante, evitar aglomerações e uso obrigatório de máscara em todas as bandeiras.

MUDANÇA DE BANDEIRAS

Laranja > Vermelha

Macrorregião Metropolitana: Canoas, Novo Hamburgo e Taquara

No mapa preliminar desta 40ª rodada, os indicadores da macrorregião Metropolitana se mantiveram quase estáveis, tendo como mudanças mais significativas o aumento de 7% no número de internados por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em UTI (de 478 para 510 casos) e 6% no número de internados em leitos de UTI Covid (de 409 para 435). Ambos indicadores foram registrados até 4 de fevereiro. Com a piora na avaliação destes dois indicadores, houve elevação da contribuição da macrorregião sobre as regiões Covid. Além disso, a macrorregião Metropolitana passou a apresentar 0,8 leito livre para cada ocupado por Covid-19, o que acarreta a aplicação da salvaguarda de bandeira vermelha para as regiões que apresentam o indicador de incidência de hospitalizações avaliado em bandeira vermelha ou preta. Este foi o caso das regiões de Taquara, Novo Hamburgo e Canoas, que, apesar de apresentarem médias ponderadas abaixo de 1,5, passaram a ser avaliadas com bandeira final na cor vermelha.

A região de Novo Hamburgo apresentou estabilidade nos indicadores individuais, apresentando elevação na média ponderada final somente devido à variação dos indicadores da macrorregião Metropolitana. As regiões de Taquara e Canoas apresentaram piora nos indicadores individuais, embora não o suficiente para elevar a média ponderada acima de 1,5. No entanto, aplicou-se a salvaguarda de bandeira vermelha nestas regiões, pois apresentam o indicador de incidência de hospitalizações em bandeira vermelha, resultando em uma alteração da bandeira final de laranja para vermelha para as regiões, que haviam sido alteradas de vermelha para laranja na 39ª rodada. Apenas Guaíba, que também foi para bandeira laranja como as demais na semana passada, permaneceu estável esta semana, pois, apesar da elevação dos indicadores da macrorregião, apresenta avaliação em bandeira laranja no indicador de incidência de novas hospitalizações, não se aplicando a salvaguarda de bandeira vermelha.

Taquara registrou um aumento elevado, de 160% em dois indicadores: hospitalizações confirmadas para Covid-19 registradas nos últimos sete dias (passou de cinco para 13 casos) e, por consequência, no número de hospitalizações confirmadas para Covid-19 registradas nos últimos sete dias por 100 mil habitantes (passou de 2,19 para 5,70). O número de óbitos nos últimos sete dias também teve o aumento de um caso, resultando em uma elevação de 25% no indicador. Com um aumento de 33% no número de óbitos nos últimos sete dias, Canoas registrou uma elevação de sete casos em relação à semana passada, de 21 passou para 28.

Macrorregião Missioneira: Cruz Alta, Ijuí e Santa Rosa

As regiões de Cruz Alta, Ijuí e Santa Rosa também haviam sido alteradas de bandeira vermelha para laranja no mapa definitivo da 39ª rodada e, nesta semana, retornam para bandeira vermelha.

Apesar de não registrar nenhum óbito nos últimos sete dias, Cruz Alta teve um aumento de 233% no número de hospitalizações confirmadas para Covid-19 (de três para dez casos). Santa Rosa registrou redução nas hospitalizações confirmadas para Covid-19 registradas nos últimos sete dias, passando de 15 para 12, e teve um óbito a mais do que na rodada anterior, aumentando em 20% o indicador, passando de cinco para seis registros.

A região teve alteração na bandeira em decorrência dos indicadores da macrorregião, assim como Ijuí: aumento de 18% no número de internados em leitos clínicos Covid (de 97 passou para 114 casos) e elevação de 15% no número de internados em leitos de UTI Covid (de 59 para 68 casos). Ambos indicadores foram registrados até 4 de fevereiro.

Vermelha > Laranja

Macrorregião Vales: Cachoeira do Sul e Lajeado

A redução dos indicadores individuais, somados aos da macrorregião, resultou na alteração de bandeira vermelha para laranja nas regiões de Cachoeira do Sul e Lajeado. Houve redução no número de internados em leitos clínicos Covid (passou de 49 para 39 casos, ou seja, menos 20%) e no número de internados em leitos de UTI (de 50 para 45, ou seja, menos 10%). Ambos indicadores foram registrados até 4 de fevereiro.

Em convergência com os indicadores da macrorregião, Cachoeira do Sul registrou uma queda de 75% em hospitalizações confirmadas para Covid-19 registradas nos últimos sete dias (de 12 casos, passou a ter três) e em número de hospitalizações confirmadas para Covid-19 por 100 mil habitantes (de 6 passou para 1,50). Outra redução foi no número de óbitos nos últimos sete dias, quando se registrou uma queda de 50%, pois foram seis casos na semana passada e três nesta.

A região de Lajeado teve baixa nos mesmos indicadores. Queda de 38% em hospitalizações confirmadas para Covid-19 registradas nos últimos sete dias (de 24 casos passou a ter 15) e número de hospitalizações confirmadas para Covid-19 registradas nos últimos sete dias por 100 mil habitantes (de 6,55 passou para 4,09). Mas a maior redução foi registrada no número de óbitos nos últimos sete dias: 64%, de 14 casos passou para cinco.

Com a melhora no indicador de incidência de hospitalização nas regiões de Cachoeira do Sul e Lajeado, que passou a ser avaliado respectivamente nas cores amarela e laranja, embora a macrorregião Vales mantenha menos de 0,8 leito livre para cada ocupado por paciente Covid-19, não se aplicou a salvaguarda de bandeira vermelha nesta semana nas regiões, passando a bandeira final de ambas para laranja.

Erechim

Dentre as alterações mais significativas da região, destacam se a redução de 67% no número de óbitos nos últimos sete dias (de três para um); queda de 53% no número de hospitalizações confirmadas para Covid-19 registradas nos últimos sete dias (de 17 para oito casos) e número de hospitalizações confirmadas para Covid-19 por 100 mil habitantes (de 7,08 para 3,33); bem como no aumento de 30% de leitos de UTI livres por leitos de UTI ocupados por pacientes Covid (de 0,55 para 0,72). Contribuiu para a região de Erechim vir a ser avaliada em bandeira de risco menor o fato de o indicador de incidência de hospitalização estar avaliado na cor laranja nesta semana, o que fez a salvaguarda da bandeira vermelha da macrorregião Norte não ser aplicada para a região.

Uruguaiana

Apesar de registrar um aumento de 93% no número de óbitos nos últimos sete dias (de 15 passou para 29), Uruguaiana teve alteração de bandeira vermelha para laranja em decorrência dos demais indicadores. Destacam-se: redução de 51% em hospitalizações confirmadas para Covid-19 registradas nos últimos sete dias (de 37 passou para 18) e em hospitalizações confirmadas para Covid-19 registradas nos últimos sete dias por 100 mil habitantes (de 8,21 passou para 4); houve redução de 30% no número de internados em leitos clínicos Covid 4 de fevereiro (de 94 passou para 66 casos); bem como elevou em 23% o número de leitos de UTI livres por leitos de UTI ocupados por pacientes Covid (de 0,59 passou para 0,73).

REGIÕES EM SALVAGUARDA

Nesta semana, a salvaguarda atuou efetivamente nas regiões de Santa Maria, Capão da Canoa, Taquara, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Santo Ângelo, Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Palmeira das Missões, Passo Fundo e Santa Cruz do Sul, mantendo-as em bandeira vermelha. A regra vigente desde a 35ª rodada garante bandeiras de risco alto e altíssimo (vermelha e preta) quando a região tem elevada quantidade de novas hospitalizações de pacientes confirmados com Covid-19 (conforme a região de residência do paciente) e, ao mesmo tempo, está inserida em uma macrorregião com baixa capacidade hospitalar.

COGESTÃO

As associações regionais que desejarem enviar pedido de reconsideração ao mapa preliminar têm prazo de 36 horas para encaminhar a solicitação ao governo. O formulário on-line ficará disponível até as 6h de domingo (7/2) no link https://forms.gle/s44HVUcKtwQLckQv9.

O site do governo divulgará, na manhã de domingo, notícia sobre número de recursos recebidos. Os pedidos serão analisados pelo Gabinete de Crise, e o mapa definitivo, divulgado também no portal de notícias às 16h30 de segunda-feira (8/2). A vigência das novas bandeiras será de 9 a 15 de fevereiro.

Caso a classificação prévia seja mantida, as 12 regiões em bandeira vermelha que aderiram ao sistema de cogestão regional podem adotar os protocolos próprios compatíveis até o nível de restrição da bandeira laranja. Santa Maria, que não aderiu à cogestão, deve seguir os protocolos de bandeira vermelha determinados pelo Estado.

As seis regiões classificadas em laranja e participantes do sistema de cogestão podem utilizar protocolos de bandeira amarela, se estiverem previstos e atualizados nos seus planos regionais. Guaíba e Uruguaiana, que não aderiram, devem seguir os protocolos estaduais de bandeira laranja.

Confira os protocolos próprios de cada região: https://planejamento.rs.gov.br/cogestao-regional

REGRA 0-0

De acordo com o mapa preliminar da 40ª rodada, 308 municípios (do total de 497) estão classificados em bandeira vermelha, somando 7,4 milhões de habitantes, o que corresponde a 65,6% da população gaúcha (total de 11,3 milhões de habitantes).

Desses, 126 municípios (487,6 mil habitantes, 5,2% da população gaúcha) podem adotar protocolos de bandeira laranja, porque cumprem os critérios da Regra 0-0, ou seja, não têm registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias, desde que a prefeitura crie um regulamento local.

• Clique aqui e acesse a lista de municípios que se encaixam na Regra 0-0

RESUMO DA 40ª RODADA

Regiões que apresentaram piora (5)
LARANJA > VERMELHA
Canoas (em cogestão)
Cruz Alta (em cogestão)
Ijuí (em cogestão)
Novo Hamburgo (em cogestão)
Taquara (em cogestão)

Regiões que continuaram iguais (4)
LARANJA
Bagé (em cogestão)
Caxias do Sul (em cogestão)
Guaíba
Pelotas (em cogestão)

VERMELHA (8)
Capão da Canoa (em cogestão)
Palmeira das Missões (em cogestão)
Passo Fundo (em cogestão)
Porto Alegre (em cogestão)
Santa Cruz do Sul (em cogestão)
Santa Maria
Santa Rosa (em cogestão)
Santo Ângelo (em cogestão)

Regiões que apresentaram melhora (4)
VERMELHA > LARANJA
Cachoeira do Sul (em cogestão)
Erechim (em cogestão)
Lajeado (em cogestão)
Uruguaiana

• Clique aqui e acesse a nota técnica com as justificativas de classificação das regiões.

DESTAQUES DA 40ª RODADA

• O número de novos registros semanais de hospitalizações confirmadas com Covid reduziu 19% entre as duas últimas semanas (961 para 783);
• O número de internados em UTI por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) aumentou 4% no Estado entre as duas últimas quintas-feiras (931 para 970);
• O número de internados em leitos clínicos com Covid no RS reduziu 7% entre as duas últimas quintas-feiras (973 para 902);
• O número de internados em leitos de UTI com Covid no RS aumentou 3% entre as duas últimas quintas-feiras (793 para 813);
• O número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid no RS aumentou 1% entre as duas últimas quintas-feiras (de 687 para 697);
• O número de casos ativos reduziu 17% entre as últimas semanas consideradas (de 23.533 para 19.470);
• O número de registros de óbito por Covid reduziu 15% entre as duas últimas quintas-feiras (de 371 para 314);
• As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos 7 dias, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (151), Caxias do Sul (127), Passo Fundo (66) e Canoas (51).

Comparativo: situação entre 7 de janeiro e 4 de fevereiro

• O número de novos registros semanais de hospitalizações confirmadas com Covid reduziu 50% no período (1.567 para 783);
• O número de internados em UTI por SRAG reduziu 4% no Estado no período (1.008 para 970);
• O número de internados em leitos clínicos com Covid no RS reduziu 21% no período (1.147 para 902);
• O número de internados em leitos de UTI com Covid no RS reduziu 6% no período (869 para 813);
• O número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid no RS aumentou 15% no período (de 605 para 697);
• O número de casos ativos reduziu 28% no período (de 27.200 para 19.470);
• O número de óbitos por Covid acumulados em 7 dias reduziu 25% no período (de 421 para 314).

• Clique aqui e faça download de planilha com a base de dados da 40ª rodada.




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