Glaucoma afeta 80 milhões de pessoas no mundo
O Glaucoma atinge 3% das pessoas acima dos 40 anos. De 2010 até 2018 os casos da doença no Brasil aumentaram de 900 mil para 2,5 milhões, no mundo
Data da Publicação da Notícia : 10/07/2020 08:58 por Scheila Zang - HSVP
Segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o Glaucoma atinge 3% das pessoas acima dos 40 anos. De 2010 até 2018 os casos da doença no Brasil aumentaram de 900 mil para 2,5 milhões, no mundo, estima-se que 80 milhões de pessoas sejam afetadas pela doença, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). O glaucoma se caracteriza por afetar o nervo ótico, levando a perda visual progressiva e irreversível. Para o Oftalmologista do Corpo Clínico do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), de Passo Fundo, e clínica Garbin Oftalmoclínica, Dr. Alexandre Higuchi, o diagnóstico precoce é fundamental para manter a visão e a qualidade de vida do paciente.
Higuchi afirma que a doença tem como fatores de risco a pressão intraocular elevada, histórico familiar (genética), idade, alta miopia, doenças sistêmicas (Hipertensão Arterial, Diabetes, entre outras). O Oftalmologista orienta que consultas regulares anuais ou a cada dois anos, conforme orientação médica, são fundamentais para a prevenção. “Não há cura para a doença, por isso devemos fazer o diagnóstico mais precoce possível”, pontua.
O médico ressalta que quando se fala em saúde visual é preciso ter em mente consultas médicas e exames de diagnósticos, no caso do glaucoma. “Estima-se que metade dos pacientes que tem a doença não tem o diagnóstico. A causa para isso pode ser a falta de acesso a medicina, a falta de consultas regulares, a ausência de sintomas iniciais”, relata.
A falta de sintomas iniciais se deve pelo fato da elevação da pressão intraocular ser lenta, assim como a perda de campo visual. “Nas fases mais avançadas o paciente pode sofrer quedas, acidentes de trânsito (na direção ou como pedestre), por não enxergar a periferia lateral e inferior do campo visual. Na fase final da doença pode haver uma visão central de “100%”, mas sem campo visual (como olhar pelo buraco de uma fechadura), seguida de perda total da visão, nos casos graves, mais agressivos e/ou não tratados”, explica Higuchi.
O oftalmologista ressalta que a suspeita do diagnóstico ocorre na consulta quando são feitas a medida da pressão nos olhos e avaliação do nervo óptico. A suspeita pode ser confirmada por meio dos exames de Paquimetria, Campo Visual, Retinografia colorida e OCT ou Tomografia do Nervo Óptico. Apesar de ainda não haver uma cura para a doença, Higuchi salienta que existe tratamento e se for seguido à risca impede ou retarda a progressão do glaucoma. “O tratamento é feito inicialmente com colírios que abaixam a pressão intraocular. As cirurgias minimamente invasivas (MIGS) vêm ganhando espaço, sendo indicadas para diminuir a necessidade dos colírios, trazendo mais segurança, conforto e qualidade de vida ao paciente glaucomatoso. A cirurgia convencional ainda está indicada para casos mais graves, ou com perda da função dos colírios”, pontua.
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