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Número real de casos de Covid-19 nos EUA deve ser 10 vezes maior, diz governo

Até o momento, 2,3 milhões de casos já foram identificados nos EUA, segundo os CDC, mas o número pode chegar a 23 milhões com a nova estimativa



Data da Publicação da Notícia : 26/06/2020 08:40 por EFE

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Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos informaram nesta quinta-feira que o número real de casos de Covid-19 no país provavelmente é dez vezes maior do que a quantidade de casos confirmados.

"Nossa melhor estimativa agora é que para cada caso reportado existam na realidade outros dez", disse o diretor da entidade, Robert Redfield, em entrevista coletiva.

Este cálculo foi realizado após a análise de amostras de sangue em todo o país em busca da presença de anticorpos para o coronavírus SARS-CoV-2. Redfield disse que, para cada caso confirmado de Covid-19, dez pessoas tinham anticorpos.

Até o momento, 2,3 milhões de casos já foram identificados nos EUA, segundo os CDC, mas o número pode chegar a 23 milhões com a nova estimativa.

De acordo com os dados coletados pela Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos totalizam até esta quinta-feira 2.416.727 casos confirmados de Covid-19, entre eles 122.550 óbitos.

Na atualização divulgada às 20h (horário local; 21h em Brasília), a entidade reportou 618 mortes e 38.079 contágios registrados nas últimas 24 horas.

A média de novos casos diários nos EUA voltou a ficar acima de 30 mil na última semana devido ao aumento identificado em estados como Califórnia, Flórida, Texas e Arizona, que somam cerca de metade dos contágios de todo o país.

Nova York continua sendo o estado mais impactado dos EUA, com 390.415 casos confirmados e 31.301 mortes por Covid-19, número abaixo apenas de Brasil, Reino Unido e Itália. Só na cidade de Nova York morreram 22.384 pessoas.

"Este vírus causa muitas infecções assintomáticas. O foco tradicional de buscar doenças sintomáticas e diagnosticá-las obviamente subestima a quantidade total de infecções", comentou Redfield.

Estes dados indicam que entre 5% e 8% da população contraiu o vírus, então a maioria dos habitantes do país ainda poderia ser infectada por não ser imune.

"Uma maioria significativa da população americana, provavelmente maior que 90%, continua sendo suscetível", avisou o diretor dos CDC, ao explicar que o aumento de casos entre jovens é a principal causa do aumento dos contágios no sul e no oeste do país.

Redfield insistiu para que a população continue a tomar precauções para minimizar a propagação do vírus.

"A ferramenta mais poderosa que temos é o distanciamento social. Isto significa manter uma distância física de 6 pés (1,8 metro), cobrir o rosto e continuar lavando as mãos", lembrou.




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