EUA inicia análise de sangue para detectar pessoas imunes ao novo coronavírus
Exame avalia se determinados anticorpos estão presentes no sangue, o que demonstra que a pessoa lutou contra a doença
Data da Publicação da Notícia : 07/04/2020 10:23 por
As autoridades de saúde dos Estados Unidos começaram a obter mostras de sangue em todo o país para determinar a verdadeira quantidade de pessoas infectadas com o novo coronavírus, utilizando um teste que funciona de forma retrospectiva. Os novos testes são baseados em estudos sorológicos, que diferem da coleta de secreção nasal utilizada para determinar se alguém tem atualmente o vírus.
Este tipo de exame analisa se determinados anticorpos estão presentes no sangue, o que demonstra que a pessoa lutou e depois se recuperou da doença, inclusive se nunca mostrou sintomas. Estes exames são considerados cruciais para flexibilizar gradualmente o confinamento, ao permitir que aqueles que têm imunidade comprovada retomem as atividades de rotina.
Mais de 75% da população americana está sob alguma forma de confinamento. O número de mortes por coronavírus no país supera 10 mil. "Estamos começando a fazer exames e informaremos sobre estes muito rapidamente", disse Joe Bresee, epidemiologista do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), de acordo com o site de notícias de saúde Stat News.
Breese acrescentou que os CDC farão três amostragens: a primeira sobre amostras de sangue de pessoas não diagnosticadas de alguns dos pontos críticos de coronavírus do país, a segunda a nível nacional de diferentes partes do país e a terceira em um estudo sobre trabalhadores da área da saúde. O primeiro estudo começou no fim de semana, mas as autoridades não anunciaram um cronograma preciso para os outros dois.
A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) emitiu uma aprovação de emergência para o primeiro teste sorológico, feito pela empresa Cellex, da Carolina do Norte. De modo separado, a Universidade de Stanford elaborou sua própria pesquisa sorológica no sábado na cidade de Santa Clara, informou Jay Bhattacharya, professor de Medicina.
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