Câncer de pulmão mata cerca de 300 pessoas por ano na região Norte do RS
Data da Publicação da Notícia : 19/03/2019 09:55 por Assessoria de Imprensa CTCAN
Tabagismo é um dos principais fatores de risco para o câncer de pulmão
O câncer é um dos maiores problemas de saúde pública na atualidade. A estimativa no Brasil para 2019 é que sejam diagnosticados mais de 600 mil novos casos. Um dos tipos mais incidentes é o câncer de pulmão. Neste ano, são estimados 33 mil novos casos desse tipo de câncer. No Rio Grande do Sul (RS), o câncer de pulmão é o segundo tumor mais incidente em homens e o terceiro em mulheres, e, apesar da constante evolução nos tratamentos, continua sendo um dos que mais mata, considerado a principal causa de morte por câncer em homens e a segunda em mulheres.
As causas de câncer de pulmão incluem tabagismo, fumo passivo, exposição a determinadas toxinas e histórico familiar. “Em cerca de 85% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. Os trabalhadores rurais, da construção civil, mineração, mecânicos, indústrias (de metais pesados, borracha, papel, vidro), eletricistas, pintores e soldadores podem apresentar um risco maior para o desenvolvimento do câncer”, informa um dos oncologistas clínicos do Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN), Dr. Alex Seidel.
O oncologista ressalta os sintomas mais comuns neste tipo de câncer. “Os sintomas podem variar, porém os principais incluem tosse (muitas vezes com sangue), dor no peito, chiado no peito, rouquidão, piora da falta de ar e perda de peso sem causa aparente. Geralmente, esses sintomas aparecem apenas nas fases mais avançadas do câncer”, enfatiza Seidel.
O diagnóstico precoce aumenta consideravelmente as taxas de cura, porém infelizmente apenas 16% dos casos são diagnosticados nas fases iniciais. O tratamento necessita do diagnóstico com biópsia, e vai depender da extensão e características moleculares da doença, podendo ser tratado com cirurgia, quimioterapia e radioterapia. “Nos últimos anos, o tratamento vem evoluindo com a entrada da imunoterapia e terapia alvo, apresentando ótimos resultados, melhorando a expectativa e qualidade de vida dos pacientes, porém tais medicamentos ainda apresentam um custo bastante elevado”, observa o oncologista do CTCAN.
Mortalidade por câncer de pulmão
Conforme o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pulmão mata cerca de 27 mil pessoas por ano no Brasil. No RS, mais de 3,3 mil pessoas morreram em decorrência desse tipo de câncer em 2016, de acordo com dados do DataSUS. Na região Norte do RS, foram mais de 300 mortes neste mesmo ano.
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