A cultura do preconceito e a violência homofóbica
Data da Publicação da Notícia : 22/08/2018 07:45 por Márcio Casanova, Pedro Henrique de Mello e Viviane de Moraes
A humanidade historicamente lutou pela garantia de seus direitos, de liberdade e igualdade. Notavelmente, após o século XVIII, a sociedade enfrenta um cenário polêmico que vem sendo debatido com mais visibilidade o preconceito contra homossexuais, bissexuais e transexuais.
A homofobia tem causas culturais, políticas, sociais e também
religiosas. Tanto a mídia quanto as estatísticas nos mostram a violência vivida por grupos que compõe a diversidade sexual, causando a exclusão de pessoas com base no seu sexo ou orientação sexual.
Na maioria das vezes, a falta de conhecimento ocasiona a discriminação decorrente de um processo que, através de culturas, sociedade, religião, familiares, escola e empresas, tornam-se referências unicamente adotadas como o ser humano deve comportar-se como homens e mulheres.
Apesar da discussão sobre gênero e sexualidade nas escolas ser
recomendação do governo federal (Brasil, 1998), ainda há pouco espaço para este assunto, e, diante disto, fica visível a violência homofóbica, assentada principalmente em valores passados de geração para geração.
Diante disto, diversos comportamentos homofóbicos variam desde violência física, verbal e fatal, como demonstram os dados do GGB (Grupo Gay Brasil) – Bahia, segundo os quais, em 2017, 277 homossexuais foram assassinados. Por este motivo, acredita-se que seria necessário haver mais conscientização da sociedade para mudar esta realidade e, assim, possibilitar que as próximas gerações sejam abertas e respeitosas perante as orientações sexuais, convivendo com o diferente em um clima
de paz, no qual o que mais deve predominar é o amor pelo semelhante.
Para que uma sociedade de paz e de respeito, sem homofobia, aconteça, é claro que devemos partir de nós mesmos, pois o preconceito nasce dentro de cada um. Para aprofundamento de leitura, indicamos o artigo da professora Sonia Maria Ferreira Koehler, que trata sobre o tema “Homofobia, cultura e violências a desinformação social”. Neste estudo, a autora “aponta para a necessidade da educação da população, assim como da implementação de políticas públicas focadas na diversidade sexual e identidade de gênero e que talvez requeira a construção de uma nova política educativa”.
Texto escrito pelos acadêmicos Márcio Casanova, Pedro Henrique de Mello e Viviane de Moraes, do CESURG em Marau.
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