A tecnologia surge como uma das maiores necessidades na sociedade atual, pois está presente em todos os ambientes, sejam eles pessoais, profissionais, sociais, entre outros. A tecnologia se apresenta como uma solução inovadora para o nosso dia a dia, facilitando a vida de todas as pessoas, porém é questionável o quanto ela é solução e ao mesmo tempo um problema para o ambiente familiar.

Podemos afirmar que a tecnologia a cada dia vem nos proporcionando mais conforto, agilidade, facilidades e, inclusive, rentabilidade, pois através delas muitas atividades remuneradas podem ser realizadas sem que seja necessário sairmos de casa ou do trabalho. Além disso, ela desempenha uma função social muito relevante de aproximar as pessoas, fortalecer vínculos e estreitar os relacionamentos de pessoas que estão distantes fisicamente.

Por outro lado, devemos ter muito cuidado com o uso excessivo da tecnologia, pois é tanta informação na palma da mão, que acabamos deixando de lado algo extraordinário e fundamental nas famílias, que é o diálogo. É uma cena cada vez mais comum em um lar, cada um em uma peça da casa com um celular na mão. Os pais e os filhos não cruzam mais suas histórias, dificilmente trocam experiências de vida e acabam se transformando em desconhecidos que vivem sob o mesmo teto.

É preciso saber usufruir dos inúmeros benefícios que a tecnologia nos proporciona na vida moderna, tomando o cuidado de não deixar que ela nos prejudique na convivência familiar e acabe por substituir os encontros familiares, as rodas de conversas, os abraços e as relações pessoais que são fundamentais para o desenvolvimento das pessoas.

Um recente estudo elaborado pela norte-americana Catherine Price aponta que, com a chegada do celular e das novas tecnologias, a nossa forma de “ser humano” está se alterando. O estudo da autora resultou no livro “Como Largar o Telemóvel: Manual de Desintoxicação”, isso porque Catherine percebeu que não conseguia mais atribuir o seu tempo livre sem o celular, o que segundo a autora pode ser o início de várias doenças.

Texto de opinião produzido pelos acadêmicos do CESURG em Marau,
Renan Buffon, Marisa Maurer, Eduardo Felippe, Ticiane Busnello
Sob a orientação e revisão do professor Rudimar Barea