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XIII Feira de iniciação à pesquisa Escola Zandoná

Nos dias 11 e 12 de julho, a Escola Zandoná recebeu com carinho a comunidade



Data da Publicação da Notícia : 18/07/2018 09:25 por Assessoria de imprensa - Barra Funda

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Nos dias 11 e 12 de julho, a Escola Zandoná recebeu com carinho a comunidade na XIII FEIRA DE INICIAÇÃO À PESQUISA. Momento de compartilhar o conhecimento construído pelos estudantes no decorrer do trimestre.

A pesquisa é um dos princípios que fazem parte do currículo escolar da Escola Zandoná a mais de 13 anos. Com o propósito de desenvolver o perfil do aluno pesquisador, o trabalho é realizado desde os Anos Iniciais até o Ensino Médio e exige do educador e educando muita leitura, dedicação, postura e método. Desenvolve a oralidade, produção, análise e capacidade de problematizar temas de relevância social.

Com a socialização dos projetos de pesquisa, nos dois dias de intenso ato de educar e aprender, foi realizada a mística de abertura da Feira contando com a participação de um grande grupo de alunos que se disponibilizaram voluntariamente a se envolver na atividade. A abertura se fez numa perspectiva de levar a comunidade a refletir sobre o papel social que temos enquanto instituição, família e cidadãos. O objetivo foi questionar a realidade que promove a violência, o fascismo, a desigualdade. Ao invés disso, propõe-se a necessidade da humanização numa perspectiva coletiva para promoção do amor e da vida.

Na abertura desse ano, o personagem Narciso, ao mostrar sua essência egoísta introduz o contexto vivenciado no qual as atitudes individualistas infelizmente ganham espaço. Quem são os Narcisos hoje? Quando nos tornamos egoístas e individualistas? A representação mostrou também, a naturalização da ditadura do medo, ditadura política, ditadura tecnológica, ditadura do corpo, ditadura midiática.

A música de fundo “Homem Primata” da banda Titãs, faz menção a selva de pedras, organização social que torou-se um campo de batalha, em que apenas o mais forte consegue “sobreviver”. Em nosso contexto o sistema remete à ideia de desenvolvimento, de progresso enquanto a população é explorada pela mídia, pelo governo, pelo sistema produtivo. Populações inteiras escravizadas pela ganância ou dizimadas pelo ódio.

Na selva de pedras que vivemos, Frida Kahlo, ícone da revolução feminina, surge para romper com esses paradigmas, provoca uma mudança cultural sinalizando a necessidade da humanização, respeito ao outro, num pedido de coletividade. Frida trouxe em suas mãos a simbologia do cravo, da liberdade do povo, relembrando a Revolução dos Cravos ocorrida em Portugal em 1974. Sugere com essa mística uma revolução necessária que vai além da mudança de postura individual, mas que requer a transformação e a luta coletiva.

A mensagem final traz a ideia de que em vez de balas que matam, flores para todo o lado, significando o renascer da vida, da mudança e da liberdade.

Os alunos ficaram felizes ao verem seus trabalhos sendo assistidos e valorizados pela comunidade. Esta é uma prática que concretiza a concepção de educação problematizadora, voltada à realidade local e com o intuito da formação integral do indivíduo, tomando consciência de seu lugar no mundo e com o outro.

A Escola Zandoná agradece imensamente a todos os que colaboraram nas bancas, entrevistas e pesquisas de campo realizadas, às famílias que apoiaram seus filhos e estiveram na escola prestigiando o trabalho e aos participantes que tornaram possível a consolidação das Feiras de Iniciação à Pesquisa.




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