No cenário atual, no qual a concorrência é intensa, garantir a qualidade dos processos não se resume apenas ao cumprimento de normas. Trata-se de buscar constantemente melhorias na forma como as empresas operam, reduzindo falhas, aumentando a produtividade e elevando a satisfação dos clientes.   

Segundo Josiane Salgado, gerente de qualidade da Fundatec, "a gestão da qualidade permite que as instituições operem de forma mais consistente e previsível, assegurando a entrega de produtos e serviços com alto nível de excelência".    

A ISO é um conjunto de normas internacionais que orienta as organizações na estruturação de processos mais eficientes e seguros. Suas diretrizes promovem padronização, controle de qualidade e melhoria contínua, tornando as operações mais confiáveis. "A ISO fornece um direcionamento essencial para as instituições que buscam otimizar suas operações, garantindo processos bem estruturados e alinhados com as exigências do mercado", destaca Josiane.   

Entre as normas mais utilizadas na gestão da qualidade, a ISO 9001 se destaca por focar na satisfação do cliente e na melhoria contínua. Já a ISO 14001 está relacionada à gestão ambiental e sustentabilidade, enquanto a ISO 45001 aborda segurança e saúde ocupacional. A ISO 27001 trata da proteção de dados e segurança da informação, e a ISO 31000 estabelece diretrizes para a gestão de riscos. Além disso, a ISO incentiva o uso de ferramentas tais como PDCA, 5W2H, GUT, 5S e os 5 Porquês, que auxiliam na análise, planejamento e otimização de processos.   

A certificação ISO traz diversos benefícios para as empresas, como a redução de custos ao minimizar desperdícios e retrabalho, maior produtividade por meio de processos mais organizados, conformidade com normas específicas do setor e aprimoramento da experiência do cliente. "Além de aprimorar a qualidade dos serviços, a certificação fortalece a credibilidade da empresa, demonstrando um compromisso real com a excelência e a transparência", afirma Josiane.   

No entanto, implementar as normas ISO pode trazer desafios, como resistência a mudanças dentro da cultura organizacional, necessidade de engajamento de todos os setores, capacitação contínua dos colaboradores e o investimento financeiro, que pode ser um obstáculo para pequenas empresas. Para que a certificação seja eficaz a longo prazo, é essencial realizar auditorias internas periódicas, oferecer treinamentos frequentes, monitorar indicadores de desempenho, garantir o comprometimento da liderança e acompanhar atualizações das normas.   

Embora a certificação ISO não seja obrigatória, ela pode ser um diferencial competitivo, especialmente em setores regulados. Empresas que buscam essa certificação podem cometer erros ao encará-la apenas como um selo, sem foco real na melhoria dos processos. A falta de comprometimento da liderança e da equipe, a implementação desalinhada com a cultura organizacional e a ausência de indicadores claros para monitoramento do desempenho também podem comprometer os resultados.   

A tecnologia tem um papel fundamental na aplicação das normas ISO. Soluções digitais podem automatizar auditorias, monitorar indicadores em tempo real, gerenciar fluxos de trabalho estruturados, assegurar rastreabilidade de documentos e reforçar a segurança da informação e a gestão de riscos.  

Josiane finaliza apontando que a adoção das normas ISO é uma estratégia eficaz para fortalecer a eficiência, segurança e credibilidade das empresas no mercado.