Cotrisal promove Seminário do Agronegócio na Feisa 2024
Projetos de irrigação, perspectivas de produção e consumos de grãos foram apresentados durante o evento.
Data da Publicação da Notícia : 02/05/2024 10:36 por Redação
Assessoria de Imprensa
A Cotrisal realizou no dia 29 de abril, o Seminário do Agronegócio na Arena da Inovação, fazendo parte da Feisa 2024. O evento contou com a presença do presidente da Cotrisal, Walter Vontobel, vice-presidente, João Carlos Chini, superintendente Helvio Debona, do prefeito municipal de Sarandi Nilton Debastiani, do presidente da Feisa, Mathias Grellmann, do vice-presidente de operações da Be8, Leandro Luiz Zat, além de autoridades municipais e regionais, contou também com a presença dos conselheiros, casais líderes, associados, produtores, funcionários, empresários, imprensa e público em geral.
Nas suas palavras de abertura, o presidente Walter destacou o trabalho da Cotrisal. “Nesse ano de 2024, a nossa cooperativa completa 67 anos de existência, promovendo tecnologias, produtividades e renda para os mais de 11 mil associados e os quase 2 mil funcionários”, ao destacar que o cenário macroeconômico desafiador dos últimos tempos exigiu uma atuação ainda mais proativa da cooperativa, “Incertezas econômicas, sociais, políticas, climáticas e principalmente a queda dos preços dos grãos deixou margens de lucro apertadas, a exemplo do que também aconteceu com os produtores. Mas a agricultura sempre foi assim, pois cada ano é um ciclo diferente e estamos sempre expostos aos possíveis riscos climáticos e a oscilação dos preços agrícolas”, pontuou.
A primeira palestra foi apresentada pelo senador Luis Carlos Heinze e teve como tema “Irrigação – Projetos e Novas Perspectivas para o RS”. Segundo o senador, a questão da seca e das enchentes são os piores problemas do estado. “O assunto que me trouxe aqui, é a questão das águas. Um levantamento realizado por uma consultoria, analisando os dados do Rio Grande do Sul, do IBGE de 2022, mostra que os piores problemas do estado do Grande Sul é a seca e as enchentes. A parte do atraso que nós temos é infraestrutura, mas muito mais é a seca e a enchente”, ressaltou. O senador contou que foi realizado um debate na Comissão de Agricultura do Senado, com a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa. “Começamos um levantamento da região das missões e também na região do planalto, foi levantado naquele momento 64 municípios, começando em São Borja até Horizontina, passando por municípios como Ijuí, Panambi, foram levantados 9.780 possibilidades de açudes ou barragens marcados, é possível irrigar mais de 4 milhões de hectares em 64 municípios”, defendeu Heinze.
Para o senador, a solução são barragens. “As barragens podem resolver o problema, pois segura a água, não vou dizer que resolva totalmente, mas pelo menos minimiza o processo que nós temos com enchente e com seca através da irrigação”, finalizou.
Na segunda palestra, o diretor da Brasoja, Antonio Sartori apresentou o painel, "Perspectivas de produção e consumo de soja, milho e trigo até 2030". Com um estilo alegre e divertido, Sartori trouxe importantes reflexões e relatou preocupação sobre a comercialização. “Existe uma preocupação muito grande no momento uma vez que temos um percentual comercializado historicamente muito pequeno. Nós estamos caminhando para colher uma safra no Rio Grande do Sul de 23 milhões de toneladas, aqui nesta região já temos 90% das áreas colhidas, porém devido as áreas alagadas, na região sul do estado, apenas 50% da safra foi colhida.
Antonio Sartori fez um alerta sobre o clima. “Abril é o mês que inicia o plantio de grãos no hemisfério norte, 85% da produção mundial de grãos é produzida, semeada e colhida acima da Linha do Equador. Então nosso foco de atenção é o que vai acontecer com o clima de abril até outubro. Estamos saindo do el niño onde tem chuvas acima do normal no sul da América do Sul, é o que está acontecendo e temos a projeção de um la niña no final do ano. Então o foco de atenção é clima e política para ter uma noção mais claro do que pode acontecer com os preços”, ressaltou.
E sua mensagem final foi dirigida especialmente aos associados da Cotrisal: “O produtor tem que fazer opção: hoje temos três dores, excesso de informação, desinformação e fake News. O produtor tem que ouvir a cooperativa, pois a cooperativa é que tem informações confiáveis”.
O seminário contou ainda com a participação do vice-presidente de operações da Be8, Leandro Luiz Zat que falou sobre a nova fábrica de etanol que será construída pela empresa. “Nós estamos fazendo esse projeto da indústria de etanol, porque o Rio Grande do Sul hoje demanda todo o etanol que é consumido aqui, o etanol anidro. São quase 900 milhões de litros que o estado consome”, explicou Leandro ao afirmar que o etanol do Rio Grande do Sul é o mais caro do Brasil, “Justamente pela logística, por ter que trazer de outros locais, então essa é uma oportunidade, a outra, o Brasil consome 24 mil toneladas de glúten vital, o glúten vital é o melhorador das farinhas, e dentro do nosso projeto, nós temos uma indústria de etanol e temos uma indústria de glúten vital”.
O vice-presidente de operações da Be8 anunciou que as obras da indústria devem começar a partir de julho. “A Cotrisal sempre foi uma parceira nossa, desde lá atrás, quando iniciou o programa nacional produção de biodiesel, sempre estiveram junto, nas lutas, no selo combustível social, a inclusão quando reduziu de 90%, que era o número de dapianos, para que nós tivéssemos uma inserção maior de outras famílias dentro do programa e a gente conta muito com vocês e para ser um grande parceiro, a gente entende que tem que ser bom no campo para fornecer a matéria prima”, finalizou Leandro Luiz Zat.
Fonte: Assessoria de Comunicação Cotrisal
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