O efeito da nova direita no Brasil
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Data da Publicação da Notícia : 12/03/2018 16:44 por Fernando Rizzolo
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Ainda me lembro das primeiras aulas de Direito Penal na faculdade, em que se falava muito sobre o Estado como ente legitimador em relação aos que cometiam atos delituosos, que, se condenados, cumpririam pena para que fossem “reeducados”. Referia-se, então, aos presos como “reeducandos”, que vem do verbo reeducar, ou seja, tentar educar novamente alguém que se perdeu diante dos valores previstos em lei, que na realidade legal significa conter o mínimo de moral e conduta que deve ter um cidadão.
Muitos se mostram indignados com a estrondosa subida da direita em todos os países do Ocidente, pelos mais variados motivos. É sempre bom lembrar que o “Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães” tinha como inspiração o modelo comunista soviético, a meta em si era o coletivismo, o livre pensar foi abolido, para empreender era preciso seguir os ditames do Estado.
Foram então criadas as SA, milícias paramilitares que tinham a função de sufocar qualquer oposição. Portanto, isso denota pura mentalidade esquerdista. Prova disso é a cartilha esquerdista agindo hoje na tirania de esquerda da Venezuela, com sua SA, uma vez que cidadãos são executados por milícias similares. A grande confusão que ocorre ao se afirmar que o nazismo era de direita se deve ao fato de a Alemanha ter entrado em guerra com a URSS, o que fez com que, após a II Guerra Mundial, a esquerda marotamente tentasse se distanciar do nazismo e antagonizá-lo. Na verdade, ambos praticavam sistematicamente perseguição aos judeus e minorias, campos de concentração e os gulags (campos de trabalhos forçados), enfim, o nazismo é na verdade o irmão siamês do comunismo.
O Brasil, na sua história, nunca teve um partido conservador. Todos que estavam e agora estão aí são partidos criados por ex-comunistas, o que na base ideológica sempre coloca o coletivismo, a consternação com os “oprimidos”, o assistencialismo e o Estado como provedor, o que culminou com uma Constituição de 1988 esquerdista, que paralisou o país e o transformou, pela base ideológica esquerdista de todos os partidos existentes, neste país inviável, em que o crime e o discurso socialista se uniram para atingirmos o caos.
Ouço de pessoas humildes que “o Brasil precisa começar do zero, ser construído de novo”. Ora, isso já coloca um partido ou um candidato que prega a ordem, a militarização ideológico-social, uma legislação enérgica, uma moral social no centro do imaginário popular. As pessoas deixaram de sentir vergonha de se expor, de assumir que querem mudanças fora da cartilha esquerdista, o que causa um verdadeiro temor aos ex-exilados que criaram e fundaram os partidos que tinham rótulo de direita, mas eram na realidade de esquerda. Não estou aqui defendendo a nova direita, ou massacrando os esquerdistas, apenas constato e tento, do ponto de vista político, fazer uma leitura das vozes que emanam do povo, vozes das ruas, das comunidades, vozes de gente humilde, ou seja, “o Brasil precisa começar do zero, ser construído de novo”, eu particularmente diria as palavras do texto penal, lá da época da faculdade, fazendo uma analogia: “O Brasil precisa ser preso, tornar-se um reeducando, para que possamos construir uma sociedade ética, justa, com jovens dotados de princípios morais, patriotas, varrendo todos os corruptos...”. Enfim, alguém que nos salve deste caos...
Temos saída ?
Fernando Rizzolo é Advogado, Jornalista, Mestre em Direitos Fundamentais
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