Sono é fundamental na prevenção à diabetes
Pesquisas destacam a importância de dormir bem para evitar o desenvolvimento da doença que afeta mais de 16 milhões de adultos no Brasil.
Data da Publicação da Notícia : 02/04/2024 14:28 por Assessoria
Freepik
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa o quinto lugar entre os países com maior incidência de diabetes no mundo. Ao todo, o território brasileiro conta com mais de 16 milhões de adultos, de 20 a 79 anos, acometidos pela doença. A estimativa é que, em 2030, o número de casos aumente 34%, chegando a 21,5 milhões.
Entre as formas mais conhecidas de prevenir a diabetes estão a incorporação de hábitos saudáveis na rotina, como a alimentação balanceada e a prática regular de atividades físicas. No entanto, pesquisas apontam outro aliado contra a doença: boas noites de sono.
O sono é citado em diferentes estudos como um dos agentes capazes de prevenir a diabetes. Quando aliado à dieta equilibrada, que pode incluir suplementos como Glucerna em pó, e aos exercícios físicos, o hábito de dormir entre seis e nove horas por dia pode combater a glicose alta e trazer mais qualidade de vida e saúde.
O que dizem os estudos?
Estudo conduzido pela Universidade de Brigham, nos Estados Unidos, apontou que manter uma rotina de sono irregular é um hábito prejudicial não apenas para a qualidade do descanso, mas também para aumentar os riscos de desenvolver diabetes.
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores acompanharam, ao longo de sete anos, 63,6 mil enfermeiras, com idades entre 48 e 68 anos. Conforme apontado pela pesquisa, publicada na revista científica Annals of Internal Medicine, aquelas que tinham o costume de se deitar tarde e apresentavam um risco 20% maior de desenvolver diabetes em comparação com as que mantinham o sono regular.
Nesse contexto, foi considerado o estilo de vida na manifestação da diabetes, não se limitando apenas ao horário de sono. Dessa forma, identificou-se que as enfermeiras que se autodeclararam “noturnas” tinham maior probabilidade ao consumo de álcool e praticavam menos exercícios físicos, quando comparado às “diurnas”.
Outro estudo, também realizado nos Estados Unidos, apontou a relação entre a diabetes e o sono. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Colúmbia, a privação do sono aumenta a resistência à insulina, especialmente, em mulheres na menopausa.
Segundo os pesquisadores, o foco do estudo foi descobrir as consequências que dormir pouco provoca nas mulheres, grupo que, ao longo da vida, enfrenta muitas mudanças que impactam o sono, como gravidez, criação dos filhos e menopausa.
Para obter os resultados, os pesquisadores contaram com 40 voluntárias, de 20 a 75 anos, que tinham um padrão de sono e os níveis de glicose em jejum considerados saudáveis, mas que apresentavam um alto risco de doença cardiometabólica devido a fatores como sobrepeso, obesidade, histórico familiar e níveis altos de lipídios na corrente sanguínea.
No fim das etapas de análise, os pesquisadores descobriram que dormir seis horas ou menos por noite, durante seis semanas, aumentou a resistência à insulina em 14,8%, sendo que nas participantes na pós-menopausa, a elevação foi de 20,1%.
Segundo o Instituto do Sono, quando uma noite mal dormida vira rotina, a tendência é que haja aumento do perfil lipídico e da resistência à insulina, resultando na alteração da pressão arterial e nos níveis de glicemia, contribuindo para o desenvolvimento de diabetes.
Outros riscos causados por noites mal dormidas
O Instituto do Sono aponta, ainda, que o sono não provoca impactos apenas na diabetes, sendo um fator determinante para o desenvolvimento de outros problemas crônicos.
A obesidade é uma das doenças que podem ser favorecidas por noites mal dormidas. Conforme explica o órgão, a privação do sono eleva a produção de grelina, hormônio responsável por estimular a fome, o que tende a contribuir para o aumento da ingestão de calorias. Além disso, a leptina também é afetada, sendo ela a responsável pela promoção de gasto calórico e controle dos níveis de glicose no sangue.
Outra enfermidade citada pelo Instituto do Sono é a asma. De acordo com a instituição, pessoas que têm boas noites de sono estão menos suscetíveis ao problema, independente da predisposição genética.
Para melhorar a qualidade do sono e diminuir os riscos à saúde, o órgão recomenda estabelecer horários para dormir e acordar todos os dias, promover uma temperatura agradável no quarto, manter o ambiente escuro e evitar cafeína e estimulantes perto da hora de dormir.
Os comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.