Kiev (EFE).- O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu nesta quinta-feira, em seu discurso perante o Conselho Europeu, que seja aprovada na reunião de hoje a ajuda militar a Kiev no valor de 5 bilhões de euros para cada um dos próximos quatro anos.

“A inteligência confirmou que a Rússia receberá um milhão de munições de artilharia de Pyongyang”, declarou Zelensky em referência à Coreia do Norte perante os líderes da União Europeia (UE) por videoconferência.

O mandatário lamentou os “atrasos” no cumprimento do plano da UE de fornecer o mesmo número de projéteis à Ucrânia.

“É um sinal de concorrência global que a Europa não pode permitir-se perder”, afirmou.

“O cumprimento do plano europeu de fornecer um milhão de munições de artilharia à Ucrânia está atrasado”, lamentou Zelensky.

O chefe de Estado ucraniano insistiu junto dos líderes do bloco europeu: “A vossa unidade é, portanto, tão necessária para criar o Fundo de Assistência à Ucrânia, como parte do Fundo Europeu de Apoio à Paz (FEAP)”, o programa já existente com o qual a UE tem compensado até agora os países que enviam suas armas para a Ucrânia.

O alto representante da UE para as Relações Exteriores, Josep Borrell, propôs no final de janeiro uma reforma do FEAP, com o objetivo de que o dinheiro fosse agora utilizado para impulsionar a indústria de defesa europeia, em vez de financiar os países da UE para que deem à Ucrânia armas de suas reservas nacionais.

O presidente ucraniano agradeceu também aos participantes o apoio unânime ao pacote de 50 bilhões de euros de ajuda financeira ao orçamento ucraniano que será entregue a Kiev nos próximos quatro anos.

Este pacote fundamental para a sobrevivência financeira da Ucrânia foi aprovado hoje, após a Hungria ter retirado o veto que tinha impedido sua aprovação em dezembro.

Além disso, Zelensky encorajou os líderes europeus a unirem esforços para acrescentar o maior número possível de países à cúpula que a Ucrânia está preparando na Suíça sobre a chamada “fórmula de paz ucraniana”, um documento que pede, entre outras medidas, à retirada da Rússia da Ucrânia. EFE