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Presidente de Israel defende em Davos que coalizão internacional reconstrua Gaza

Herzog também se referiu à tão adiada solução de dois Estados, israelense e palestno, mas ressaltou que, antes de se aprofundar no assunto, “Israel quer saber se pode ter segurança para o seu povo”



Data da Publicação da Notícia : 19/01/2024 08:14 por Redação

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Isaac Herzog. EFE/Manuel Bruque

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Genebra (EFE).- Uma coalizão internacional, com a participação do Ocidente e dos governos regionais, deve se envolver na reconstrução da Faixa de Gaza “de uma forma que permita a segurança e o bem-estar para israelenses e palestinos”, afirmou nesta quinta-feira no Fórum de Davos o presidente israelense, Isaac Herzog.

Questionado sobre o futuro da Faixa palestina após o conflito atual, Herzog garantiu que esse envolve o diálogo com os moradores de Gaza e a Autoridade Nacional Palestina, avançar na normalização diplomática de Israel com os países da região e apoiar os esforços israelenses contra o Hamas.

“Encorajo todas as partes a discutirem esta normalização com a Arábia Saudita, algo que poderá mudar as regras do jogo depois de medidas semelhantes corajosamente tomadas por Egito, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Marrocos e Bahrein”, declarou o chefe de Estado israelense.

Em uma visão geopolítica mais ampla, Herzog afirmou que a estabilização da região poderia ajudar o plano de criação de um corredor logístico de Israel até a Índia, uma rota alternativa entre o Ocidente e o Oriente sem passar pelo Pacífico, proposta pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. nas reuniões do G20.

Herzog também se referiu à tão adiada solução de dois Estados, israelense e palestno, mas ressaltou que, antes de se aprofundar no assunto, “Israel quer saber se pode ter segurança para o seu povo”.

“Depois dos ataques de 7 de outubro, estamos em um estado emocional em que o mais importante é garantir o nosso bem-estar e segurança”, admitiu o presidente de Israel, frisando que atualmente as prioridades são “que os reféns sejam libertados, que o terrorismo não volte e que se encontre formas de normalizar as relações na região”.

Ao ser perguntado sobre o caso apresentado pela África do Sul contra Israel por sua agressão contra o povo palestino em Gaza perante a Corte Internacional de Justiça em Haia, Herzog descreveu a posição sul-africana como “ultrajante”.

“Basicamente apoiam as atrocidades e barbáries que vimos no dia 7 de outubro”, disse Herzog, lamentando que a África do Sul esteja usando como base jurídica para o caso uma convenção internacional, aquela criada contra o genocídio, que foi pensada precisamente para evitar que se repetisse um Holocausto como o sofrido pelos judeus.

“Espero que a nossa defesa seja ouvida pelo tribunal de Haia, apresentamos argumentos eloquentes e convincentes, que serão ouvidos em alto e bom som, e apelamos à comunidade internacional para que rechace” as queixas da África do Sul, completou o presidente israelense. EFE




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