Mercosul oficializa entrada da Bolívia como quinto membro do bloco
“A Bolívia é um membro pleno do Mercosul”, disse o presidente do país, Luis Arce, após a promulgação do protocolo de adesão ao bloco em uma cerimônia a portas fechadas.
Data da Publicação da Notícia : 09/12/2023 08:40 por Redação
EFE/ André Coelho
Rio de Janeiro (EFE) – A Bolívia tornou-se nesta quinta-feira o quinto membro pleno do Mercado Comum do Sul (Mercosul), após sua adesão ser oficializada na LXIII cúpula presidencial do bloco, que está sendo realizada no Rio de Janeiro.
“A Bolívia é um membro pleno do Mercosul”, disse o presidente do país, Luis Arce, após a promulgação do protocolo de adesão ao bloco em uma cerimônia a portas fechadas.
Em uma mensagem divulgada em redes sociais, o presidente boliviano descreveu a adesão como “um marco importante na integração regional” e agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por seus esforços para torná-la efetiva.
O evento contou ttambém com a presença dos presidentes da Argentina, Alberto Fernández, do Paraguai, Santiago Peña, e do Uruguai, Luis Lacalle Pou.
Horas antes, Lula disse na abertura da cúpula que a adesão da Bolívia era uma “conquista importante” para o bloco.
Agora, a Bolívia tem até quatro anos para adaptar sua legislação à do Mercosul, principalmente seu regime tarifário, e assim concluir seu processo de adesão, quando se tornará membro pleno de fato e poderá ter voz e voto no bloco comercial.
Com a entrada, a Bolívia será o único país sul-americano a ser membro dos dois principais blocos comerciais da região, a Comunidade Andina de Nações (CAN) e o Mercosul.
Entre os interesses da Bolívia no bloco, a ministra das Relações Exteriores, Celinda Sosa, afirmou ontem que está a promoção de um fundo regional que permitiria que pequenas e médias empresas tenham acesso a tecnologias que lhes permitiriam participar de cadeias de produção regionais.
Nesta quinta-feira, Arce apoiou a proposta do Uruguai para que o bloco sul-americano inicie imediatamente negociações de livre comércio com a China, segunda maior economia do mundo.
O Mercosul representa um mercado de 283 milhões de pessoas que será fortalecido com a chegada da Bolívia, um país com grandes reservas de gás e lítio.
A Bolívia era um Estado associado do Mercosul desde 1998 e, em 2015, assinou o protocolo de adesão, que exigia o endosso dos parlamentos de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
O Congresso brasileiro ratificou a adesão da Bolívia no final de novembro.
Além da Bolívia, a Venezuela também era um Estado membro do bloco comercial até 2017, quando foi suspensa por não cumprir a cláusula democrática exigida pelo bloco.
Atualmente, o Mercosul conta com seis Estados associados (Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname). EFE
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