Israel segue atacando Gaza em meio à incerteza sobre o início da trégua
Segundo informou, o Exército “está atacando alvos terroristas na área de Jabalia”, no norte de Gaza, onde também utilizou um drone e tanques para “eliminar várias células” de milicianos
Data da Publicação da Notícia : 24/11/2023 08:46 por Redação
Israel realiza um ataque conta o norte da Faixa de Gaza nesta quinta-feira. EFE/CHRISTOPHE PETIT TESSON
Jerusalém (EFE).- O Exército de Israel continua atacando posições do Hamas e realizando bombardeios sobre a Faixa de Gaza nas últimas horas, em meio à incerteza sobre quando começará a trégua que deveria entrar em vigor na manhã desta quinta-feira.
“As tropas terrestres israelenses continuaram atacando terroristas, localizando postos subterrâneos e atacando infraestruturas” das milícias palestinas na Faixa, disse hoje um porta-voz militar, à espera que sejam conhecidos mais detalhes sobre o início do primeiro cessar-fogo que pararia temporariamente os 48 dias guerra em Gaza.
Segundo informou, o Exército “está atacando alvos terroristas na área de Jabalia”, no norte de Gaza, onde também utilizou um drone e tanques para “eliminar várias células” de milicianos.
Além disso, assegurou ter localizado “um túnel dentro de uma mesquita”, enquanto na área agrícola de Beit Hanoun, na parte norte de Gaza, perto de Israel, os soldados “encontraram e atacaram” outro túnel e “localizaram numerosas armas” e outra infraestrutura subterrânea “dentro de uma residência civil”.
“Durante as atividades do Exército em Gaza no último dia, foram realizados ataques aéreos contra mais de 300 alvos” do Hamas, incluindo “centros de comando militar, túneis terroristas subterrâneos e instalações armazenamento e fabricação de armas,” assim como “locais de lançamento de mísseis antitanque”.
Tudo isso ocorre em meio à incerteza sobre quando começa o cessar-fogo temporário que interromperia a atual ofensiva, previsto para começar hoje, quinta-feira de manhã, após um pacto entre Israel e o Hamas mediado pelo Catar para a libertação de cerca de 50 israelenses mantidos reféns em Gaza em troca da liberação de 150 prisioneiros palestinos, a maioria deles mulheres e crianças de ambos os lados.
O conselheiro de Segurança Nacional israelense, Tzachi Hanegbi, garantiu hoje que não haverá libertação de reféns até sexta-feira e que as negociações para sua libertação “continuam”.
Isto levanta dúvidas sobre a implementação da trégua, que inicialmente estava prevista para durar quatro dias.
O acordo prevê também a entrada de mais ajuda humanitária, combustível e material médico em Gaza, que segue sob bombardeios incessantes, que já deixaram mais de 14.500 mortos e pelo menos 35.000 feridos desde o início da guerra, em 7 de outubro.
A expectativa é que o Catar dê mais detalhes ainda hoje sobre quando o cessar-fogo começa. O governo do emirado afirmou mais cedo que os contatos entre as partes continuam “de forma positiva”.
“Os contatos continuam com as duas partes e com os nossos parceiros no Egito e nos Estados Unidos para garantir a celeridade do início da trégua e para fazer o que for necessário para garantir o cumprimento do pacto pelas partes”, declarou um porta-voz oficial do Catar. EFE
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