Início Notícia Voltar

Hamas reporta dezenas de mortos em 2 hospitais da Faixa de Gaza por bombardeios de Israel

Na mesma nota, o ministério reportou “dezenas de mortos e feridos entre pacientes e equipe médica por um bombardeio israelense contra o Hospital Al Awda”, em Jabalia, que foi cercada pelo Exército de Israel nesta terça-feira.



Data da Publicação da Notícia : 22/11/2023 09:34 por Redação

CapaNoticia

EFE/ATEF SAFADI

Banner Topo

Jerusalém (EFE).- Dezenas de palestinos que trabalhavam ou estavam internados em dois hospitais no norte da Faixa de Gaza foram mortos nesta terça-feira por bombardeios do Exército de Israel, informou o Ministério da Saúde do enclave controlado pelo grupo islâmico Hamas.

“Foram registradas dezenas de mortos por um bombardeio israelense contra o Hospital Indonésio. Há temor de que a ocupação realize outro massacre” nesse centro médico na cidade de Bait Lahia, onde na segunda-feira morreram ao menos 12 pessoas por ataques israelenses, comunicou a pasta.

Na mesma nota, o ministério reportou “dezenas de mortos e feridos entre pacientes e equipe médica por um bombardeio israelense contra o Hospital Al Awda”, em Jabalia, que foi cercada pelo Exército de Israel nesta terça-feira.

 “Simultaneamente, a ocupação (israelense) está atacando outros hospitais no norte da Faixa de Gaza”, acrescentou o comunicado.

Desde que a guerra começou, há mais de um mês e meio, Israel justificou seus ataques contra escolas, mesquitas, mercados e hospitais na Faixa de Gaza com o argumento de que o Hamas está usando estruturas civis para atividades de guerra.

“O Hospital Indonésio está sitiado, qualquer pessoa que saia dele corre risco e é alvo de bombardeios indiscriminados, e não há informações sobre a condição dos pacientes”, disse um porta-voz do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.

“A situação que estamos vivendo é trágica e indescritível, e há cadáveres no hospital. Nós mesmos transportamos os corpos, e isso está além da resistência humana”, relatou uma fonte médica do departamento de cirurgia do Hospital Indonésio.

Este é o sexto ataque direto ao Hospital Indonésio desde o início da escalada, de acordo com o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) da ONU.

O Exército israelense disse nesta terça-feira que havia cercado Jabalia, onde seus caças, drones armados e forças especiais apoiaram as tropas terrestres na destruição de “três túneis nos quais os terroristas estavam escondidos”, bem como lançadores de foguetes.

Sem eletricidade, água potável, alimentos e suprimentos médicos, todos os hospitais do norte da Faixa de Gaza, incluindo o Al Shifa – o mais importante do enclave palestino – pararam de funcionar há dias, mas, em meio ao fogo cruzado, não foi possível evacuar todas as pessoas que ainda abrigam.

Nesta semana, o Exército israelense divulgou imagens que mostram túneis e espaços do Hamas na área do hospital Al Shifa, alegando que os milicianos usaram esses locais para esconder um grande arsenal e para executar um soldado israelense.

Cerca de 700 pessoas, incluindo 259 feridos e doentes, permanecem presas no hospital “em uma situação trágica, sem água, eletricidade ou comida”, de acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, que afirma que o cerco israelense ao hospital continua.

As autoridades do enclave não especificaram quantas pessoas – incluindo pacientes, equipe médica e pessoas deslocadas – estão no Hospital Indonésio, mas disseram que dois ônibus que transportavam os evacuados do hospital conseguiram chegar ao sul da Faixa de Gaza nesta madrugada.

Pelo menos 120 desses evacuados foram recebidos no Hospital Naser, de acordo com os números oficiais, enquanto outros foram levados para o Hospital Europeu.

Israel declarou guerra ao Hamas em 7 de outubro, após um ataque do grupo islâmico que incluiu disparos de foguetes e a infiltração de cerca de 3.000 milicianos, que massacraram cerca de 1.200 pessoas e sequestraram mais de 240 em povoados israelenses próximos à Faixa de Gaza.

Desde então, as forças aéreas, navais e terrestres israelenses revidaram no enclave palestino, onde mais de 13.300 pessoas foram mortas, a maioria menores de idade e mulheres, e mais de 6.500 estão desaparecidas e podem estar sob os escombros, de acordo com as autoridades da Faixa de Gaza, de modo que o número de mortos pode ser ainda maior.

Além disso, dezenas de milhares de pessoas ficaram feridas, bem como mais de 1,7 milhão de pessoas deslocadas – mais de dois terços da população total -, que atravessam uma grave crise humanitária. EFE




Os comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.