Número de mortos em Gaza por ataques israelenses sobe para 10.818
“O número de mortos pela agressão israelense aumentou para 10.818, incluindo 4.412 crianças, 2.918 mulheres e 667 idosos”, disse Ashraf al-Qudra, porta-voz da pasta da Saúde de Gaza
Data da Publicação da Notícia : 10/11/2023 08:32 por Redação
EFE/MOHAMMED SABER
Jerusalém (EFE).- O número de palestinos mortos em Gaza devido aos ataques israelenses subiu para mais de 10,8 mil, incluindo 4.412 menores e quase 3 mil mulheres, informou nesta quinta-feira o Ministério da Saúde da Faixa, no 34º dia de guerra entre Israel e Hamas.
“O número de mortos pela agressão israelense aumentou para 10.818, incluindo 4.412 crianças, 2.918 mulheres e 667 idosos”, disse Ashraf al-Qudra, porta-voz da pasta da Saúde de Gaza, controlada pelo Hamas.
Segundo ele, o número de feridos subiu para 26.905, enquanto o enclave palestino continua atolado na devastação e em uma crise humanitária por falta de alimentos, água, medicamentos ou combustível.
Por sua vez, Al Qudra acrescentou que ao menos 2.560 pessoas estão desaparecidas, incluindo 1,4 mil menores que estão sob as ruínas de edifícios reduzidos a escombros pelos bombardeios.
Desde que a guerra eclodiu, em 7 de outubro, quando militantes islâmicos do Hamas atacaram e mataram mais de 1,4 mil pessoas em Israel, os bombardeios israelenses sobre a Faixa de Gaza também deixaram 195 trabalhadores de saúde mortos e 51 ambulâncias destruídas.
Da mesma forma, cerca de 130 centros médicos sofreram danos com os ataques e 18 hospitais e 46 centros de saúde ficaram fora de funcionamento devido à falta de combustível e danos causados por bombardeios.
Al Qudra também denunciou que Israel atacou hoje as imediações do Hospital Shifa – onde o Exército alega que o Hamas tem túneis por baixo do seu quartel-general – e do centro médico infantil Al Naser, que foram atingidos por projéteis de artilharia, “ferindo sete pessoas deslocadas” que estavam refugiadas em nos seus complexos.
O Ministério da Saúde acrescentou que o único hospital de Gaza centrado na saúde mental parou de funcionar por falta de gasolina, “o que terá graves consequências para os pacientes psiquiátricos”.
Por seu lado, os hospitais Al Rantisi e Al Naser, os dois centros pediátricos localizados na cidade de Gaza, “cessaram todos os serviços médicos” devido à escassez de combustível, e apenas mantêm em funcionamento as salas de cuidados intensivos e suas creches “com um pequeno gerador”.
“A cessação do funcionamento dos hospitais infantis priva as crianças doentes de sessões de diálise, tratamento de câncer, serviços cardíacos ou tratamento de doenças torácicas”, denunciou Al Qudra.
Segundo reiterou, está havendo “a contagem decrescente” para o fechamento do Hospital Indonésio e de Kamal Adoun, no norte de Gaza, uma zona já quase sem oferta de hospitais, que até agora provocou “a morte de milhares de feridos e doentes”, segundo Al Qudra.
Além disso, enquanto segue a operação terrestre israelense no norte e na cidade de Gaza, 900 mil residentes destas áreas “estão sem abrigo, comida, água potável ou medicamentos”. EFE
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