Desmatamento na Amazônia é o menor em quatro anos
Segundo o secretário, julho é “o pior mês” da Amazônia, porque é o que menos chove e é o mês mais propício para atividades de devastação
Data da Publicação da Notícia : 04/08/2023 08:59 por Redação
Luiz Inácio Lula da Silva. EFE/Arquivo/Andre Borges
Brasília (EFE).- A Amazônia perdeu 7.952 quilômetros quadrados de vegetação entre agosto de 2022 e julho de 2023, uma queda de 7% em relação aos 12 meses anteriores, graças a ações de fiscalização implementadas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, informou nesta quinta-feira a Presidência.
Esta é a menor área devastada no bioma em quatro anos, depois de que entre agosto de 2019 e julho de 2020 – ano em que Jair Bolsonaro, defensor da exploração econômica da Amazônia, chegou ao poder – foram destruídos 9.216 quilômetros quadrados de vegetação.
Os bons dados para este ano, que é medido de agosto a julho pelo regime de chuvas na região amazônica, foram produzidos principalmente graças à forte queda de 42,5% acumulada nos primeiros sete meses de 2023, coincidindo com a chegada de Lula ao poder em 1º de janeiro.
Esse número reverteu a tendência de aumento da devastação registrada nos últimos meses do governo Bolsonaro, que cresceu 54,1% na comparação anual entre agosto e dezembro de 2022.
“A meta buscada no início do governo por meio de ações iniciadas e das ações de campo permitiu, sem dúvida, mudar a curva e passar de acelerar o desmatamento para reduzi-lo”, disse o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João Paulo Capobianco, durante entrevista coletiva.
Segundo o secretário, julho é “o pior mês” da Amazônia, porque é o que menos chove e é o mês mais propício para atividades de devastação.
E, em vez disso, este ano foi alcançado um recorde histórico quando o desmatamento caiu 66% no mês.
O combate ao desmatamento na Amazônia é um dos pilares do governo Lula, que não tem poupado esforços para enfrentar os que praticam atividades que destroem a floresta, como o garimpo ilegal e a extração e comercialização ilegal de madeira.
Ao chegar pela terceira vez à presidência, em 1º de janeiro, o presidente herdou um panorama infeliz no bioma, onde o desmatamento disparou 60% durante o governo Bolsonaro, em relação ao quadriênio anterior, níveis que não eram vistos há 15 anos.
Só em 2022, quase 20 mil quilômetros de vegetação foram destruídos na Amazônia, área de maior biodiversidade do planeta e principal reserva hídrica do mundo.
Por ser tão importante para o planeta, Lula convocou para os próximos dias 8 e 9 uma cúpula dos oito países amazônicos que busca definir uma posição unificada sobre a preservação do bioma, que será apresentada na próxima cúpula do clima (COP28), em novembro. EFE
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