Guterres parabeniza governo colombiano e o ELN pelo acordo de cessar-fogo
O diplomata português espera que as partes “adiram de boa fé” ao acordo
Data da Publicação da Notícia : 04/08/2023 08:54 por Redação
Antonio Guterres. EFE/Arquivo/Johnson Sabin
Nações Unidas (EFE).- O secretário-geral da ONU, António Guterres, felicitou nesta quinta-feira o governo da Colômbia e o Exército de Libertação Nacional (ELN) pelo acordo alcançado entre ambas as partes que permitiu hoje a entrada em vigor de um acordo bilateral de cessar-fogo.
Guterres elogiou o governo pelos “contínuos esforços de expansão da paz (que) avançam”, e pediu que a comunidade internacional apoie as diversas negociações de paz abertas no país, algo que está conseguindo até agora, a ponto de este processo atualmente é um dos poucos temas que possui apoio unânime na ONU, incluindo países como Rússia e China.
O diplomata português espera que as partes “adiram de boa fé” ao acordo, com o compromisso de aliviar o sofrimento dos civis, pois só assim “poderão reduzir significativamente a violência e aumentar a confiança na mesa das negociações em paz”.
Além disso, Guterres reiterou o apoio que a ONU oferece desde o primeiro momento a todo o processo de paz na Colômbia e que teve ontem uma nova manifestação depois de que o Conselho de Segurança ter aprovado, na sequência de um pedido prévio do governo de Gustavo Petro, dar à Missão de Verificação da ONU no país poderes para monitorar esse cessar-fogo.
O tão esperado cessar-fogo bilateral entre o governo e o ELN começou às 00:00 desta quinta com grande expectativa e esperança no país, visto que será o mais longo acordado com a guerrilha, com uma duração de 180 dias.
“A partir das 00:00 de hoje, 3 de agosto de 2023, entrou em vigor a cessação bilateral, nacional e temporária entre o Estado colombiano e o Exército de Libertação Nacional. O governo do presidente Gustavo Petro protege a vida de todos os colombianos”, confirmou hoje em suas redes sociais o Gabinete do o Alto Comissariado para a Paz.
Desde a assinatura do acordo, em 9 de junho, em Havana, até hoje houve muita especulação e polêmica sobre como funcionará essa medida. EFE
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