Futura adesão da Ucrânia à Otan representa uma ameaça para a Rússia, diz Putin
Em relação à entrada da Ucrânia na Otan, afirmamos repetidamente que isso cria ameaças à segurança da Rússia, é evidente. E, de fato, uma das causas da operação militar especial é a ameaça de entrada da Ucrânia na Otan
Data da Publicação da Notícia : 14/07/2023 08:49 por Redação
Foto de arquivo do presidente russo Vladimir Putin durante encontro com o presidente do banco VTB, Andrey Kostin, no Kremlin em Moscou, Rússia, no 11 de julho. EFE/EPA/ARQUIVO/ALEXANDR KAZAKOV/SPUTNIK/KREMLIN POOL MANDATORY CREDIT
Moscou (EFE).- A futura entrada da Ucrânia na Otan representa uma ameaça para a Rússia e essa possibilidade foi uma das causas que levaram Moscou a tomar a decisão de iniciar uma guerra contra o país vizinho, segundo declarou nesta quinta-feira o presidente russo, Vladimir Putin.
“Em relação à entrada da Ucrânia na Otan, afirmamos repetidamente que isso cria ameaças à segurança da Rússia, é evidente. E, de fato, uma das causas da operação militar especial é a ameaça de entrada da Ucrânia na Otan”, disse Putin à emissora de televisão pública russa.
O presidente russo expressou sua convicção de que a adesão à Otan “não aumentará a segurança da própria Ucrânia, tornará o mundo mais vulnerável e levará a tensões adicionais no nível internacional”.
“É por isso que não vejo nada de bom nisso, as posições são bem conhecidas e foram expressadas há muito tempo”, acrescentou.
Putin ressaltou ainda que Moscou não é contra a discussão de garantias de segurança para a Ucrânia, “mas com garantias de segurança obrigatórias para a Rússia”.
“Qualquer país tem o direito de garantir a sua segurança e, claro, tem o direito de escolher o caminho para atingir esse objetivo que considere mais correto”, destacou.
No entanto, frisou que “há apenas uma limitação, que está relacionada ao fato de que, ao garantir a segurança de um país, não devem ser geradas ameaças para outro país”.
“Por isso, partimos do entendimento de que esse princípio, declarado em múltiplas ocasiões em vários documentos internacionais, será levado em consideração”, completou.
Putin lembrou que no último mês de abril o projeto de acordo de Istambul para acabar com a guerra foi “jogado na lata de lixo pelo regime de Kiev, apesar de nele terem sido expressadas em grande detalhe questões relacionadas à segurança da Ucrânia”.
“Ainda teríamos que pensar se concordamos com tudo o que estava expresso ali, mas considero que em termos gerais era um documento aceitável”, opinou Putin. EFE
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