No Sicredi o associado tem rentabilidade, segurança e solidez para investir
No Sicredi o associado conta com uma equipe especializada em investimentos e com a solidez da primeira instituição financeira Cooperativa do Brasil
Data da Publicação da Notícia : 04/07/2023 16:26 por Redação
Assessoria de Imprensa
Entender o cenário econômico é fundamental para qualquer investimento. Na hora de investir, é importante estar atualizado sobre o momento da economia no país.
No Sicredi o associado conta com uma equipe especializada em investimentos e com a solidez da primeira instituição financeira Cooperativa do Brasil. Além disso, o Sicredi é referência em projeções econômicas, estando no Top 5 projeções do Banco Central pelo sexto ano consecutivo, desta vez relacionada às projeções do Produto Interno Bruto (PIB).
O Gerente de Análise Econômica do Sicredi, André Nunes de Nunes fala sobre os cenários econômicos atuais. André é formado em Economia Aplicada pela UFRGS e atualmente atua como Economista-Chefe do Sicredi. Confira a entrevista:
Qual é o atual cenário econômico do país?
André: A economia brasileira está passando por um processo de desaceleração cíclica, que ocorre após de um período de recuperação intensa depois do choque da pandemia. Junto com a retomada, o país acabou sofrendo os efeitos de três choques inflacionários consecutivos, decorrentes da quebra das cadeias de suprimentos, Guerra na Ucrânia e retomada dos serviços. Assim, vivenciou-se um período de economia aquecida e inflação persistente, mas que agora começa a mostrar sinais de fraqueza.
O Sicredi é referência para projeções econômicas. O que podemos prever para esse novo semestre no cenário econômico? E para o próximo ano?
André: Esse processo de desaceleração deve prevalecer ao longo desse segundo semestre. Não estamos prevendo crise, longe disso, mas uma economia que está assimilando um período de forte recuperação pós-pandemia e que agora desacelera por conta da necessidade de conter a aceleração dos preços. Esse movimento é observado em diversas outras economias no mundo nesse momento.
Para o próximo ano, acreditamos numa melhora paulatina da atividade, na medida em que os efeitos da taxa de juros mais baixa comecem delinear um novo ciclo de crescimento, com a retomada do consumo e investimentos. Também esperamos outra boa safra, mas dessa vez com recuperação no sul.
Quais setores da economia estão apresentando maior crescimento atualmente?
André: Em termos gerais, os dados do primeiro trimestre mostraram que a agropecuária destoou dos demais setores, com crescimento de 21% na comparação com o ano anterior. Esse bom momento do agro acaba transbordando para a produção de máquinas e para os transportes.
Ainda observamos também um crescimento acelerado nos serviços prestados às famílias. Esses setores de prestação de serviços ainda se beneficiam da normalização das atividades pós-pandemia.
Tem se discutido a redução da Taxa Selic a partir de agosto depois de 7 vezes seguidas em 13,75%. Caso essa redução se confirme, que impactos podemos esperar dela no país?
André: Estamos esperando que o Copom começará a reduzir com parcimônia a taxa Selic em agosto. Na última ata, o comitê de política monetária sinalizou que fará um movimento parcimonioso, ou seja, o que nos leva a esperar uma de 25 pontos percentuais na reunião de agosto. Mas esse movimento deve se acelerar nas próximas reuniões e esperamos que a taxa básica de juros encerre o ano em 12,00%.
Os impactos dos movimentos na taxa de juros sobre a economia apresentam uma defasagem grande, de modo que os efeitos mais intensos dos juros mais baixos sobre a atividade tendem a começar a serem sentidos apenas no final do primeiro trimestre de 2024. Os principais impactos esperados são a redução no custo dos financiamentos e uma retomada mais vigorosa dos investimentos, esses movimentos tendem a gerar uma melhora na confiança dos empresários e consumidores, que por sua vez ajudará a acelerar o ritmo de crescimento do país.
O cenário tende a continuar otimista para investimento em 2024? É possível fazer uma projeção até quanto tempo?
André: No geral, momentos de quedas na taxa de juros são os mais favoráveis a investimentos de maior risco. Entretanto, o cenário internacional ainda preocupa, então ainda é momento de ter algum grau de cautela. O movimento de uma posição mais conservadora nas alocações para uma mais arrojada deve ser realizado de maneira gradual, tendo em vista que, na maioria das vezes, os movimentos da economia e dos mercados ocorre de maneira errática
No âmbito da empresa, o cenário para investimentos depende de cada mercado de atuação, o empreendedor precisa ter claro que todas as atividades têm ciclos de expansão, desaceleração, contração e retomada. O mais importante é entender em que fase do ciclo a sua atividade de atuação está e fazer a gestão entre possuir uma posição de caixa mais segura ou pisar um pouco mais no acelerador dos investimentos. Se o mercado está há muitos meses de crescimento, provavelmente o período de dificuldades pode estar mais próximo, o mesmo acontece com períodos recessivos. O mais importante é pensar na perpetuidade da empresa, na manutenção do crescimento do crescimento sustentado, o que exige sempre um elevado grau de cautela.
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