Caixa suspende cobrança de Pix para pessoa jurídica
Outros bancos já cobram empresas por PIX; veja quais
Data da Publicação da Notícia : 20/06/2023 17:24 por Redação
Agência Brasil
A Caixa anunciou nesta terça-feira (20) que suspendeu a cobrança do Pix para pessoa jurídica. A taxa começaria a valer no dia 19 de julho e, segundo o banco público, é praticada por "praticamente todas as instituições financeiras".
A suspensão veio depois de pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme divulgou mais cedo o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Segundo o ministro, a decisão será discutida na próxima semana, após o retorno de Lula da viagem oficial à Europa.
“Foi pedido que suspendesse temporariamente [a decisão da Caixa] até o presidente estar de volta semana que vem”, afirmou Costa em rápida entrevista a jornalistas. “Então vamos aguardar o retorno do presidente para avaliar essa medida. O presidente que pediu.”
Em nota, o banco diz que a suspensão "visa ampliar o prazo para que os clientes possam se adequar e receber amplo esclarecimento do banco sobre o assunto, dada a proliferação de conteúdos inverídicos que geraram especulação"
Cobrança
Costa disse ter conversado com a presidenta da Caixa, Rita Serrano. Segundo o ministro, ela se surpreendeu com a repercussão da medida porque os demais bancos tarifam as operações Pix de pessoas jurídicas, com autorização do Banco Central (BC).
“A informação que ela [Rita Serrano] me passou foi a de que todos os bancos já cobram essa taxa de empresas de pessoa jurídica. O único banco que não cobrava era a Caixa por questão técnica, de tecnologia”, explicou. “Ela não esperava que tivesse esse alcance, essa repercussão, a definição da Caixa em acompanhar os outros bancos.”
Na noite desta segunda-feira (19), a Caixa anunciou o início da cobrança de Pix de pessoas jurídicas em 19 de julho. O banco desmentiu falsas notícias de que pessoas físicas também seriam tarifadas.
“A Caixa não realiza cobrança de tarifa Pix de seus clientes pessoa física, de microempreendedores individuais (MEI) e de beneficiários de programas sociais”, destacou o comunicado.
O banco também ressaltou que a cobrança de Pix de empresas é autorizada desde a criação da ferramenta, em novembro de 2020, e que oferecerá uma das menores tarifas do mercado.
Banco do Brasil
Clientes PJs (exceto MEIs e EIs) podem ser cobrados toda vez que enviam um Pix via dados manuais ou chave Pix. Em todas as contas PJ do BB, está incluso um número limitado de transferências via Pix. Esse número varia de três a 20 Pix gratuitos por mês, a depender do tipo de conta. Acima disso, as taxas são de: Bradesco Cobra tarifa de pessoas jurídicas "conforme determinado pelo Bacen [Banco Central]", informou o Bradesco. Os valores estão disponíveis no site do banco e também anexados nas agências.
Itaú Unibanco
Em março, quando consultado pelo UOL, o Itaú informou que adota tarifas diferentes para transferência e recebimento de Pix por pessoas jurídicas. envio de Pix: 1,45% do valor transferido (mínimo de R$ 1,75, máximo de R$ 9,60) recebimento de Pix: 1,3% do valor recebido (máximo de R$ 150). Ainda de acordo com o banco, as tarifas "não sofreram nenhuma alteração de valor desde a sua implantação, no final de 2020". Procurado hoje, o Itaú ainda não confirmou se houve alguma mudança nos valores desde o último contato.
Nubank
No Nubank, as transações via Pix são gratuitas para pessoas jurídicas.
PagBank
As transferências via Pix no PagBank são gratuitas tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.
Santander
No Santander, há cobrança de tarifas para pessoas jurídicas, mas MEIs e EIs são sempre isentos para enviar Pix ou receber por meio de QR Code estático. Quando há cobrança, o valor das tarifas varia de acordo com o caráter da transferência e também com o tipo de QR code utilizado para fazê-la (quando aplicável). envio de Pix: 1,4% do valor transferido (mínimo de R$ 1,75, máximo de R$ 9,60) recebimento de Pix via QR code estático ou dinâmico: R$ 6,54 recebimento de Pix via Checkout ou GetNet: 1,4% do valor recebido (mínimo de R$ 0,95).
Os comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.