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Rússia proíbe entrada de Obama e outros 500 americanos em resposta a sanções dos EUA

Entre os sancionados estão funcionários de alto escalão, congressistas e senadores eleitos em novembro de 2022



Data da Publicação da Notícia : 20/05/2023 09:04 por Redação

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Barack Obama. EFE/Arquivo/Tannen Maury

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Moscou (EFE).- A Rússia respondeu nesta sexta-feira ao novo pacote de sanções imposto pelos Estados Unidos em represália à guerra na Ucrânia, ao proibir a entrada no país de outros 500 americanos, entre eles o ex-presidente Barack Obama.

“Washington deveria ter entendido há muito tempo que nem um único ataque hostil contra a Rússia ficará sem uma dura resposta”, disse o Ministério das Relações Exteriores russo em um comunicado.

Entre os sancionados estão funcionários de alto escalão, congressistas e senadores eleitos em novembro de 2022, bem como chefes de empresas da indústria militar que fornecem armas à Ucrânia.

A lista inclui os membros dos órgãos de segurança do Estado que, segundo o ministério russo, perseguem dissidentes, citando como exemplo os participantes no ataque ao Capitólio ocorrido em janeiro de 2021.

Também estão proibidos de entrar no território russo especialistas e analistas de centros que supostamente participaram da divulgação de notícias falsas sobre a Rússia, além de jornalistas e apresentadores conhecidos como Jimmy Kimmel e Stephen Colbert.

A pasta de Exteriores russa considera que as sanções visam causar o maior dano possível à Rússia, uma vez que dizem respeito tanto a funcionários como a cidadãos comuns, razão pela qual Moscou continuará aplicando o princípio da reciprocidade no caso de sanções ou medidas discriminatórias contra os seus nacionais.

Além disso, volta a anular a visita consular ao jornalista detido do “The Wall Street Journal”, Evan Gershkovich, acusado de espionagem, depois que um grupo de jornalistas russos recentemente não conseguiu visto para acompanhar o chanceler russo, Sergey Lavrov, em sua viagem a Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU.

Os Estados Unidos impuseram nesta sexta-feira uma nova bateria de sanções a Moscou pela campanha militar russa na Ucrânia que afeta cerca de 300 entidades, pessoas, navios e aviões que colaboram com a Rússia em sua ofensiva.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, explicou em comunicado que estas sanções, anunciadas no âmbito da cúpula do G7 em Hiroshima (Japão), visam os setores da energia, defesa, mineração e tecnologia; e pessoas que estão ajudando a Rússia a aumentar sua produção e capacidade energética.

Da mesma forma, tomou novas medidas para desmantelar a rede operacional e logística do grupo mercenário Wagner, como a companhia aérea 224th Flight Unit State Airlines, que tem transportado membros desse grupo e seus equipamentos para países onde sabe que este opera.

As sanções também levam em consideração os indivíduos envolvidos na transferência e deportação ilegal de crianças ucranianas para a Rússia, como a comissária russa de direitos humanos, Tatiana Moskalkova.

Às 200 sanções informadas pelo Departamento de Estado se somam outras anunciadas pelo Departamento do Tesouro contra outras 104 empresas e 22 pessoas físicas, localizadas em mais de 20 países ou jurisdições. EFE




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