Cidade do México (EFE) – O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse nesta terça-feira que está buscando um acordo com a China para trocar informações sobre o tráfico ilegal de fentanil da Ásia para o país e depois para os Estados Unidos.

“Queremos estabelecer uma comunicação. O que importa para nós, mais do que qualquer outra coisa, é que se feche um acordo para trocar informações, que não chegue fentanil, que não cheguem produtos químicos dos portos da China para o México”, afirmou López Obrador em sua entrevista coletiva diária.

As declarações foram dadas depois que ele afirmou, no último dia 5, ter provas do tráfico ilegal de fentanil da China, algo que Pequim negou após uma carta que López Obrador enviou em abril ao presidente chinês, Xi Jinping, para pedir ajuda no combate a essa droga.

O presidente mexicano enviou uma segunda carta ao líder chinês depois que a Marinha mexicana encontrou um carregamento de mais de 20 toneladas de fentanil e metanfetamina proveniente do porto chinês de Qingdao no início de maio.

“O assunto está sendo discutido com eles, está sendo discutido pelo almirante (José Rafael) Ojeda (secretário da Marinha), ele é responsável por lidar com essa questão com a Embaixada da China no México”, declarou Lópz Obrador.

O pedido do presidente mexicano à China ocorre em face do crescente questionamento do México por parte de políticos dos Estados Unidos, especialmente congressistas do Partido Republicano, que estão pedindo que seja declarada guerra aos cartéis mexicanos e designá-los como terroristas.

López Obrador negou que o país produza fentanil, embora a agência antidrogas dos EUA (DEA) afirme que a droga sintética é fabricada no México com substâncias provenientes da China. EFE