PF faz buscas na casa de Bolsonaro e prende Mauro Cid ex-ajudante do presidente
A Polícia Federal realiza operação contra inserção de dados falsos de vacina contra a Covid-19
Data da Publicação da Notícia : 03/05/2023 08:21 por Redação
Divulgação
Nesta manhã de quarta-feira (3), a Polícia Federal realizou buscas na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília e prendeu o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa.
Bolsonaro não foi alvo de mandado de prisão, mas deve comparecer à Polícia Federal ainda hoje para prestar depoimento. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das "milícias digitais" que já está em andamento no Supremo Tribunal Federal. Até as 7h20, os policiais ainda estavam no condomínio onde Bolsonaro mora desde que retornou ao Brasil em março.
A investigação está relacionada a um grupo suspeito de inserir informações falsas de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, permitindo que as pessoas em questão obtivessem certificados de vacinação para evitar as restrições sanitárias impostas pelas autoridades públicas do Brasil e dos Estados Unidos.
Teriam sido forjados os certificados de vacinação:
- do hoje ex-presidente Jair Bolsonaro;
- da filha de Bolsonaro, Laura Bolsonaro, hoje com 12 anos;
- do ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa, da mulher e da filha dele
Essa suposta falsificação teria o objetivo de garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória. A PF ainda investiga a situação de outros membros da comitiva, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Até as 7h, todas as prisões já tinham sido cumpridas. A lista de alvos inclui ainda o policial militar Max Guilherme e o militar do Exército Sérgio Cordeiro – ambos, seguranças próximos de Bolsonaro e que atuaram na proteção dele durante o mandato presidencial.
Os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro.
Segundo a PF, as condutas investigadas podem configurar, em tese, crimes como:
Essa suposta falsificação teria o objetivo de garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória. A PF ainda investiga a situação de outros membros da comitiva, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Até as 7h, todas as prisões já tinham sido cumpridas. A lista de alvos inclui ainda o policial militar Max Guilherme e o militar do Exército Sérgio Cordeiro – ambos, seguranças próximos de Bolsonaro e que atuaram na proteção dele durante o mandato presidencial.
Os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro.
Segundo a PF, as condutas investigadas podem configurar, em tese, crimes como:
- infração de medida sanitária preventiva;
- associação criminosa;
- inserção de dados falsos em sistemas de informação;
- corrupção de menores.
Investigação
A inclusão dos dados falsos aconteceu entre novembro de 2021 e dezembro do ano passado. As pessoas beneficiadas conseguiram emitir certificados de vacinação e usar para burlar restrições sanitárias impostas pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos, segundo os investigadores.
A Polícia Federal afirma que o objetivo do grupo seria “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas” e “sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”.
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