Com o avanço da vacinação contra o novo coronavírus no Brasil, a retomada da economia ganha cada vez mais força e, consequentemente, a geração de emprego segue em alta, conforme dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados no último dia 30, pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

De acordo com o relatório, que leva em conta as contratações (1.760.739) e as demissões (1.507.656) registradas em outubro, foi identificado um saldo positivo do emprego com carteira assinada, com a criação de 253.083 postos de trabalho no mês passado. No acumulado de janeiro a outubro de 2021, o saldo é de mais de 2,6 milhões de novas vagas de emprego.

O setor de indústria foi o terceiro que mais contratou, com um saldo no mês de outubro de 26.697 mil novas vagas formais, perdendo apenas para o setor de serviço, que gerou mais de 144.641 mil novos postos, e o comércio, que registrou um saldo de 70.355 mil novos empregos formais.

“O setor industrial passou por momentos difíceis com a crise sanitária, especialmente as pequenas indústrias, que precisaram se reorganizar para superar essa fase e agora alcançam uma nova realidade mais otimista como a que estamos vendo nas pesquisas”, avaliou o diretor comercial Djalma Fefim Junior, que atua em uma indústria metalúrgica localizada em Mauá.

Segundo ele, foi preciso demitir em grande parte das indústrias com o avanço da pandemia em função do clima de instabilidade que se vivia. “Os cortes foram inevitáveis, mas novas vagas foram abertas em 2021. O setor como um todo já sente o aquecimento da economia e, com isso, existe esse movimento nacional de geração de empregos que muitas empresas estão fazendo. Esse é o caminho para recuperação do mercado brasileiro”, concluiu Júnior, que destaca a necessidade de planejar as ações de 2022 já prevendo novas ampliações nas equipes e também um momento de maior segurança para novos investimentos dentro do setor metalúrgico brasileiro.