De acordo com estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com dados do Brasil e Espanha, e publicado no Journal of Medical Internet Research, sintomas de ansiedade e de depressão afetaram 47,3% dos trabalhadores de serviços essenciais durante a pandemia da COVID-19, no Brasil e na Espanha. Mais da metade sofre de ansiedade e depressão ao mesmo tempo; 44,3% têm abusado de bebidas alcoólicas; e 42,9% sofreram mudanças nos hábitos de sono.

Esse não é o único dado que chama a atenção em levantamentos recentes sobre saúde mental. Pesquisa conduzida pela Kenoby, uma startup de seleção e recrutamento digital, ouviu 488 profissionais de RH pelo país sobre a preparação das empresas para lidar com o bem-estar mental de sua força de trabalho durante e após a pandemia. E 67% das empresas do levantamento, todas com até 500 pessoas em sua força de trabalho, responderam que tiveram colaboradores afastados por algum problema emocional durante a pandemia.

Outra pesquisa da Fiocruz no Brasil, essa chamada de Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da COVID-19, aponta que a pandemia mudou significativamente a vida de 95% desses trabalhadores. Esse cenário levou especificamente as empresas do setor a aumentar os seus esforços no fornecimento de suporte de saúde mental aos colaboradores.

“Estima-se que mais de 18 milhões de brasileiros sofrem de ansiedade e 12 milhões, de depressão. Ou seja, estamos falando de uma questão capaz de impactar as pessoas individualmente, mas também a sociedade e a economia global. Como organização de saúde, queremos desmistificar a questão da saúde mental e impedir que ela seja minimizada. Como gestores de pessoas, precisamos estar atentos para esse problema social, garantindo um ambiente em que os nossos colaboradores permaneçam saudáveis. É importante que o tema seja tratado com seriedade e frequência”, destaca o vice-presidente de Capital Humano do UnitedHealth Group Brasil, Ricardo Burgos.

Uma das iniciativas disponibilizadas pelo UnitedHealth Group Brasil para sua força de trabalho de 38 mil colaboradores é o acesso a suporte remoto de saúde mental com especialistas, 24 horas por dia, por meio do Programa de Apoio ao Colaborador (PAC). Só em 2020, ele registrou mais de 8.300 acessos para consultas com psicoterapeutas - um aumento de 92% em relação a 2019. Em agosto, foi criado o Mente Viva, programa da empresa para fortalecer ainda mais a atenção com a saúde mental dentro de suas unidades. E em busca do entendimento de forma mais imediata das necessidades dos colaboradores foi formado o Comitê de Bem-Estar, com participação de equipes de diversos negócios e diretorias para buscar formas mais ágeis de apoio aos profissionais.

Em paralelo, a companhia também tem promovido uma série de ações de descompressão, como a realização regular de lives descontraídas em datas festivas como festa junina, Dia das Mães, Dia dos Pais e Fim do Ano. E ainda uma série de lives chamada “Capital Humano Presente”, com o objetivo de cuidar ainda mais da saúde mental e do bem-estar emocional dos colaboradores. Esse encontro ocorre ao menos uma vez por mês e traz sempre um convidado para um bate-papo que busca informar e entreter. Entre os temas já abordados estão mitos e verdades sobre doenças mentais; a relação entre a atividade física e a saúde mental; vida financeira e a saúde mental; ansiedade e a depressão pós-pandemia; e a relação entre a gestão do tempo e a saúde mental, entre outros assuntos.

Todos os colaboradores também podem se engajar, como clientes da Amil, uma das empresas do UnitedHealth Group Brasil, no programa de Saúde Mental que a empresa oferece e que atualmente assiste continuamente a mais de 4.200 pessoas, 50% a mais do que em 2020. Também têm acesso à plataforma de atividades físicas e de bem-estar a qual a empresa oferece subsídio, que passou a contar com serviços de saúde mental, emocional e de meditação.