Precisamos falar sobre a Antártica e seus inexplicáveis mistérios. E esse ano de “2020” é o ano ideal para “a incluirmos sem rodeios” em nossas conversas entre amigos. Esperando a picanha ficar bem assada, sorvendo o doce/mate amargo chimarrão. Ouvindo um gaiteiro sul matrogrossense rasgar um chamamé em homenagem ao insubstituível Dino Rocha (1951-2019). A beira do mar num dos paraísos catarinenses dos “barrigas verdes” que pode ser tipo o Costão do Santinho. Mirando o pôr do sol espetacular na ponte internacional em Palmas no Tocantíns. Voando do Acre em direção a Roraima. Tanto faz, quando, com quem e onde estejamos. No trabalho, de férias, acampados, namorando, na fila do banco, no posto de gasolina, ali na esquina, na ante sala da consulta do dermatologista, desde que comecemos a falar dela: “a Antártica ou Antárdida.”

              Muito além dos pinguins fofinhos, que realmente são mega fofinhos mas por questões de barreiras linguísticas não poderão nos contar o que necessitamos saber. Muito além da turística, cosmopolita e exuberante Ushuaia, que não é a última cidade lá “do fim do mundo” mas a última cidade antes de outros mundos, de outros territórios, de outros continentes. Já está na hora dos nossos mapas cartográficos receberem algumas correções extremamente úteis! E precisamos tratar com seriedade centenas de exploradores ainda a margem do reconhecimento oficial! Reverenciar os Almirantes Piri Reis (1465-1553) e Richard Evelyn Byrd (1888-1957), só para citar apenas dois exemplos.

              E se a terra é plana, redonda, quadrada, triangular ou convexa... “bahhh paisano queda-te tranquilo!” Realmente não precisamos discutir essa questão nos atritando em meio a xingamentos e impropérios proibitivos a menores de 18 anos. Essa cisão também faz parte da guerra de informação e contrainformação em curso que ao invés de esclarecer “enquadra” terraplanistas x globalistas como “inimigos encarniçados em tempos de guerra fria,” que me desculpem “o sincericídio,” foi outra “cortina de fumaça” para encobrir algo bem mais assustador! Se a Terra é plana, redonda, quadrada, triangular ou convexa é e continuará sendo ainda por milhares de anos a nossa morada.

              Eis que do Continente Antártico tenho uma experiência sem precedentes, uma viagem inacreditável e uma saudade insuportável de um amigo que desapareceu a bordo de um avião não faz tanto tempo assim e “por ele e pra ele” que preciso escrever que já está passando da hora “das teorias de conspirações” serem substituídas por estudos. Estudos abrangentes, irrestritos e pesquisas científicas irrefutáveis. 2020 pode ser o ano dessa virada histórica e na história da humanidade que precisa ser reescrita, capítulo a capítulo, sem sobressaltos, sem rancores ou ressentimentos de nenhum lado.

              Se já fomos guerreiros exterminadores e homens/mulheres ferozes em batalhas intermináveis estraçalhando uns aos outros em outras orbes, constelações ou dimensões. Não olhemos mais para trás e sigamos daqui pra frente (as nossas ações) em paz entre as nossas etnias e nações! E a Antártida pode nos dar algumas respostas! Caramba! Algumas não... Minto... Deveras! “Somos nossos próprios ancestrais,” mas devemos ser melhores daquilo que ele nos legaram e está emaranhado em nossos códigos genéticos!

               Eu por exemplo, carrego junto aos genes dos meus ancestrais árabes também o sangue espanhol e com muito orgulho porções de sangue indígena: guarani e kainkang ou seja, carrego comigo o DNA dos conquistadores e dos conquistados desse exuberante continente sul americano. Mas isso agora se funde, se mescla, se redesenha, no ser humano que sou e no ser humano que se constrói a cada experiência, a cada descoberta que comprova que qualquer traço de arrogância impede de aceitar o “quão insignificantes somos” diante da imensidão do Universo. Dos outros Universos. Dos Deuses Criadores de Mundos e dos Destruídores de Mundos também! Essas sementes das estrelas não caíram do céu por descuido! E se muitos Demônios trocaram de lado e já se redimiram, muitos Anjos se revelaram maléficos e aproveitadores, então chega de distorções!

              Sou jornalista e como tal sei da vital importância de preservar as fontes. Por isso não posso citar os nomes “de meus amigos militares do céu, da terra ou do mar,” mas eles sabem quem são e a coragem sem limites, um dos maiores valores da existência e da resistência! Na história da humanidade “o soldado desconhecido” é o verdadeiro herói esquecido das páginas e relatos oficiais, jamais das mentes e dos corações daqueles que os conheceram! O herói anônimo que assim permanecerá em vida e na morte! E além!

              Também sou Escritora, com algumas singelas premiações na bagagem e dois livros a caminho da publicação. Como todo escritor que se preze e merecedor de créditos, posso misturar fantasia com realidade, criar ilusão e magia e muitos nem perceberão a diferença num texto bem construído. Mas eu seria uma criatura pra lá de hipócrita se me escorasse no meu excesso de criatividade, para engrossar o caldo das inverdades e dessas malditas fakes news... ahhh seria uma imundície de pessoa! Nem gente eu seria!

                Porque “os diabos no inferno” continuam “dividindo sorvete de brigadeiro e nozes”, enquanto simpatizantes da esquerda e da direita em igual proporção se espetam dia e noite compartilhando toneladas de porcaria. Trocentos milhões de memes toscos inundam a internet torrando a paciência da gente, além de medos infundados e descabidos que persistem em baixar a nossa frequência anunciando o apocalipse para quarta-feira ou quinta-feira da semana que vem! Ou seria depois do Carnaval, talvez eu tenha me confundido nessas datas pré anunciadas! (Já escrevi um extenso artigo sobre isso.)

              Contra a idiotização a arma é o uso da inteligência em doses cavalares. Contra as aberrações a arma é a inteligência multiplicada. Contra os espúrios, os governantes sem compaixão, sem moral e sem cérebros usemos nossos neurônios São trilhões de neurônios a disposição para criar um mundo novo em expansão! Trilhões! Trilhões!

               Assim como “as selfies” que considero um narcisismo doentio personificando a idiotização em escala máxima. E posso explicar meu posicionamento. Alguém já tirou selfie indo para o motel transar com o/a namorado/a alheio/a e postou: “Partiu dar uns pegas!” Alguém já tirou selfie na cadeira do dentista fazendo um implante e postou: “Curtindo a parada meu brother?” Alguém já tirou selfie sendo detido encharcado de bêbado numa barreira policial e postou: “Eu aqui faceiro de boas!” E tem outro detalhe meu camaradinha, para cada “selfie postada de felicidade plena” e receber 200 curtidas de inveja e falsidade, outras 500 fotografias horrorosas foram tiradas antes e mandadas para a lixeira do celular! (Também já escrevi outro extenso artigo sobre isso.)

              Ahhh e os memes toscos! Matematicamente simples: se não simpatizo com determinada criatura seja jogador de futebol, deputado federal, cantor, ator ou o padeiro ali da esquina “a troco de quê” vou criar quadrinhos inúteis minados de erros gramaticais em alusão a dita pessoa? Matematicamente estarei dando publicidade grátis para o sujeito. Publicidade grátis! Será que deu pra entender ou eu vou ter que desenhar? Cada vez que se escreve e menciona o nome do sujeito os algoritmos pontuam para o lado dele. “Falem bem ou falem mal” subirá da mesma forma nos “trending topics” do dia, da semana, da década! O uso da internet para postar vídeos estúpidos, memes toscos, selfies idiotizadas, comentários sem noção e por aí a fora é desesperador pensando que você tem a disposição ferramentas grátis e material suficiente para aprender chinês ou russo e não os utiliza!

              Mas precisamos falar da Antártica. Assim como precisamos falar da Base de Alcântara. Do Programa Nuclear Brasileiro. Do nióbio. Do grafeno. Do Caminho de Peabiru. Da presença dos sumérios e fenícios no Brasil antes do Brasil existir! Precisamos falar de pessoas incríveis que estão fazendo coisas incríveis e infelizmente por uma extensa lista de motivos e preconceitos descabidos ainda não estão nos quadros da Academia repartindo tais conhecimento. E precisamos falar de gênios que já passaram pela Academia e deixaram obras valorosas de ouro puro: Nise da Silveira. Milton dos Santos. Ana Primavesi. Darcy Ribeiro. E vamos falar!

              E precisamos falar todo dia de Miguel Nicolelis. De Alisson Muotri. De Sidarta Ribeiro. Atuantes e incansáveis. E de jovens cientistas brilhantes que não estão no horário nobre da televisão porque programas “BBB de lavagem cerebral e fofoca intestinal” dominam a cena e sequestram o cérebro e se facilitar, até a alma dos viventes!

              Chega de selfies idiotas, memes toscos e medos infundados. Chega de deboche. Chega de escárnio. Chega de direita versus esquerda se xingando dia e noite utilizando-se de sinônimos ou palavrões chulos! Chega de bactérias e vírus falsos fabricados em laboratórios. Chega de guerras biotecnológicas. Chega de guerras híbridas digitais. Chega de quaisquer guerras fraticidas reais em qualquer parte do planeta. Chega de atentados de bandeiras falsas. Chega de religiões do Capeta. Falsos Profetas. Falsidade e falta de compaixão! Chega de destruição da Raça Humana! Moral, mental, viral ou cibernética!

              (Então é por você meu amigo de tantas aventuras e desventuras, meu querido “Hermanito Sanchez.”  Sei que voltaremos a nos encontrar numa nova encarnação disso tenho plena convicção. Mas a falta que você está nos fazendo nos moverá a continuar a lutar aguerridos com dose extra de determinação pela disseminação das informações decentes, do conhecimento universal e das tantas verdades ainda ocultas!)

               E precisamos falar abertamente não somente de alienígenas verdes ou azuis. (Alguns tri bacanas outros uns desgraçados!) E precisamos falar de seres humanos e não humanos, que são os responsáveis por tanta desgraça no planeta. Líderes sem alma e sem coração que estão nos mais altos postos de comando das Nações e Corporações e estão se lixando para o resto da civilização! Precisamos falar do Papa Francisco, da Biblioteca e das catacumbas do Vaticano. Basta de engodos! De tanta dissimulação!

              Precisamos falar que o sangue africano, o indígena, o sangue japonês, o sangue russo, o colombiano, o sangue alemão é o mesmo que corre e por vezes escorre de nossas veias. Etnias diferentes, porém uma única raça humana. Nossa espécie terráquea. Residência Via Láctea. Precisamos falar da conexão cósmica! E do que virá a seguir!

              E não precisamos esperar até o ano de 2041 quando o Tratado Antártico chegará ao fim para falar sobre o que realmente há por detrás dos muros de gelo! (Por ti e pra ti meu querido Sanchéz... E por um mundo novo em expansão que vamos construir!)

              2020 pode ser o início do fim do mundo, desse mundo tal qual o conhecemos até aqui, para dar lugar a outro em processo evolutivo muito melhor, maior e mais humano, porque somos seres humanos e o tempo das guerras, das mentiras e da escravidão precisa e vai chegar ao fim! Basta! E não precisamos derramar nenhuma gota de sangue no chão de nossas verdejantes terras amadas, precisamos nos tratar como “irmãos de cores diferentes” mas irmãos na alma e no coração!

              Precisamos falar da Antártica e de todos os assuntos ocultos. Precisamos nos iluminar em definitivo com sabedoria plena e dar um basta aos dias de doentia escuridão!

Régis Mubarak *

Jornalista

Mendoza – Argentina & Rio Grande do Sul – Brasil